[CONTEÚDO FICCIONAL – Informações não ficcionais são sinalizado com links externo]
Neuronet
É um sistema global (em rede) que conecta a humanidade através do uso de nanitas inoculados nos corpos dos indivíduos. Os nanitas monitoram e armazenam backup das memórias (circuitaria elétrica) do cérebro de seus hospedeiros, partilhando-as com outros nanitas e abastecendo servidores centrais ao redor do globo. As vítimas são contaminadas com dezenas de nanitas que alimentam-se mutuamente de dados e se reabastecem armazenando energia bioelétrica. Quando um indivíduo toca outro (um aperto de mão, um abraço ou mero toque), os nanitas disparam trocas de informações entre si, ampliando exponencialmente o banco de dados dos servidores.
Atualmente, cinco megacorporações detém os principais bancos de dados globais da neuronet e atacam impiedosamente, chagando a atos extremos qualquer nova tentativa de resistência, boicote ou criação de novos servidores independentes. Uma guerra ferrenha pelo controle dos servidores é travada diariamente ao redor do globo.
A rede de indivíduos é interligada pelo uso de um conjunto próprio e de protocolos avançados, desenvolvidos com o propósito de servir progressivamente aos detentores do controle dos servidores ao redor do mundo inteiro.
A atual configuração é muito avançada e permite não apenas monitorar o pensamento de milhões de pessoas, mas também alterar pensamentos em massa, induzir comportamentos coletivos, filtrar seletivamente memórias, aplicar filtros refinadíssimos de pesquisa sobre fatos e experiências.
Esta tecnologia teve como origem experiências de controle de massa iniciados na Alemanha nazista. Inicialmente, era um sistema de monitoramento, mas um grupo de cientistas da SS chegou a desenvolvê-lo muito mais, embora não tenha revelado sequer para os seus líderes. Formou-se uma organização secreta dentro da própria SS com a finalidade de tomar controle dos líderes nazistas após o domínio da Europa. Com o fim do império nazista, as informações desta organização acabaram caindo nas mãos de representantes de quatro grupos diferentes, ligados a cada um dos aliados. A “cautela” com o poder fornecido por aquela tecnologia já muito avançada para época, levou o grupo a criar núcleos de análise e não tardou a acontecer o mesmo que dentro da SS. Os cientistas envolvidos na análise da tecnologia preferiram apresentar relatórios parciais e inacabados retendo o verdadeiro conhecimento.
Destes grupos, tiveram origem as atuais megacorporações: Rüchenmark (conhecida como Cordata), Coniunctio (conhecida como União), CLEDDYF (conhecida como S.W.O.R.D.) e Edo. Com o passar do tempo, os nomes verdadeiros passaram a ser conhecidos apenas por uma cúpula ou por agentes altamente gabaritados e iniciados. Os círculos internos mantém a tradição de ordens secretas iniciáticas, enquanto suas atividades são realizadas de forma invisível através de uma gigantesca e labiríntica rede de empresas subsidiárias. Há uma quinta megacorporação conhecida apenas como “13”, da qual nem os círculos mais secretos das demais conhecem bem. O único ponto pacífico é que o “13” é o único assunto capaz de facilmente colocar representantes juntos para deliberar ações conjuntas.
A neuronet é o palco das principais guerras por poder na atualidade. O domínio sobre ela leva à uma ininterrupta corrida tecnológica envolvendo nanotecnologia, biotecnologia, política e economia global. Não tem governança centralizada em qualquer aplicação tecnológica ou políticas de acesso e uso; cada detentora dos macro-servidores define suas próprias políticas e usos. A sustentação técnica e a padronização dos protocolos de núcleo é uma atividade altamente política e delicada envolvendo representantes de cada uma das megacorporações. Trata-se do P4 (Protocolo 4), uma instância de discussão com poder ditar a pauta da ONU, G20 e outros.