MEGACORPORAÇÕES
Cinco megacorporações dominam o cenário mundial. Destas, as três maiores são: a S.W.O.R.D. (atua com fins eminentemente comerciais e financeiros, uma das mais atuantes globalmente), a Rückenmark (a mais antiga das corporações e a mais discreta discreta delas, usa biotecnologia em níveis avançados para controle das massas para fins político-ideológicos) e a emergente A União (usa o controle neurobiológico da população através da articulação de neuromarketing e nanotecnologia, buscando o controle dos fluxos de informações globais).
- S.W.O.R.D. (Supreme World Order of Ruled Democracy)
É fato que o domínio global seja um dos objetivos comuns à maioria das megacorporações, mas a S.W.O.R.D. encara isto como praticamente uma certeza a ser estabelecida em médio/curto prazo.
Diferentemente da regra geral, a S.W.O.R.D. faz questão de ser notada e temida, no meio megacorporacional. Ela adota, obviamente, roupagens mais discretas junto ao mercado internacional para se proteger de medidas legais, mas praticamente todas as grandes agências de segurança têm algum conhecimento sobre a S.W.O.R.D.
Surgiu, gradualmente, após o fim da Segunda Guerra Mundial, quando cada vez mais a iniciativa privada passou a tomar parte na indústria bélica. Desta forma, ela foi ganhando espaço, financiando e/ou municiando – não raramente – ambos os lados de um mesmo conflito. Além de conseguir também cada vez mais espaço em serviços privatizados de segurança pública em boa parte dos EUA e Europa.
Toda esta “força bruta” aplicada aos negócios tem rendido à megacorporação lucros cada vez mais significativos, colocando-a em destaque e evidência no cenário mundial. Posição esta que a megacorporação defende impiedosamente, aniquilando sumariamente qualquer resistência encontrada.
Hoje em dia, a S.W.O.R.D avalia com muito mais cuidado o financiamento em conflitos bélicos, pois sua postura de municiar ambos os lados durante a Guerra Fria gerou algo com o que não contava: pequenos grupos de resistência, dentre os quais o Comando Imuno. O que não a impediu de criar algumas formas de “exposição” de seu poderio, por exemplo, com o ataque de 11 de Setembro aos EUA. Quando a S.W.O.R.D quis mostrar à União seu potencial ofensivo ao mesmo tempo em que disputava a venda de tecnologia de guerra com a Chordata para o Oriente Médio.
Recentemente ela tem investido em outras formas de “força bruta”, como por exemplo batalhas legais por patentes de invenções e tecnologias: considerando seu poder financeiro, muitas foram as start-ups que estavam desenvolvendo algo revolucionário que foram sumariamente enterradas em processos legais, e tiveram suas ideias roubadas e devidamente catalogadas. Sendo uma megacorporação altamente tecnológica, a S.W.O.R.D não precisa de tais patentes. Se quisessem, poderiam eles mesmos financiar polos de tecnologia e lentamente nutrir o surgimento de tais inovações. Agem, assim, para controlar guerras de produtos tecnológicos no futuro… Há um certo clima de paranoia nas estratégias da S.W.O.R.D.. A ampliação tecnológica para uso militar é desenvolvida por uma subsidiária.
- Rückenmark
Megacorporação que atua predominantemente na esfera bio-médica. Grandes laboratórios, centros de pesquisa e renomados cientistas agregam suas fileiras. Super centralizada, controla rigidamente todos seus “corporados” segundo a filosofia de uma “coluna central”, subdividida em camadas organizacionais denominadas internamente de “vértebras”.
Originou-se ainda durante o período da guerra fria, quando grandes laboratórios pertencentes a lados opostos uniram-se secretamente apesar da polarização até então existente. Ainda que aparentemente ela tenha surgido sob uma forte filosofia neo-iluminista, todo seu discurso em prol do conhecimento presta-se mais a um chamariz de recrutamento do que o real posicionamento da megacorporação. Após algum tempo, o corporado passa a entender que as diversas “vértebras” funcionam como castas sociais, e que fora delas todo restante da humanidade prestaria-se como uma “massa de testes” para o desenvolvimento da megacorporação.
Especula-se que notórios cientistas da Alemanha Nazista teriam sido os reais idealizadores da megacorporação mas que, devido ao revés sofrido pela perda da guerra, somente após algum tempo as sementes plantadas e adormecidas conseguiram germinar no solo fértil do conflito entre EUA e URSS.
Pelo pouco que se sabe de sua organização, seu corpo administrativo segue os padrões médicos, sendo o cargo mais elevado o de Diretor-Geral, Há boatos de que um de seus Diretores-Gerais tenha sido o criminoso nazista Aribert Heim, desaparecido desde o final da Segunda Guerra Mundial e considerado um dos médicos mais sádicos das Waffen SS, falecido em 1992 no Egito. Não há confirmações a respeito.
Ainda sobre Aribert Heim, muitos mitos circulam pelos nervos da Rückenmark: há quem diga que ele não morreu de fato e que teve sua vida prolongada devido aos experimentos e pesquisas da própria megacorporação; outros rumores pregam que Heim teria sido criogenizado; outros ainda que apesar de realmente falecido, toda a cúpula da Rückenmark seria composta por clones do Dr. Morte. Por mais absurdos que possam parecer a ouvidos leigos, estes boatos realmente aguçam a curiosidade daqueles que já tiveram a oportunidade de ver de perto o quão avançadas são as tecnologias bio-médicas desenvolvidas pela megacorporação.
(…)
A Rückenmark é tradicionamente tão low profile quanto possível, o nome em si é utilizado apenas internamente pelo alto escalão. As vértebras de menor significância dentro da Megacorporação desconhecem inclusive o próprio nome, por lidarem e reportarem-se diretamente à várias corporações menores de fechada. Dentre elas, uma de maior destaque é a Chordata, uma empresa que atua basicamente na área de Planos de Saúde e Segurança Social Privada.
Dizem que há um lado escuso da Chordata envolvida com clonagem humana, hackeamento cerebral e tráfico de memória genética, “evolução assistida” (manipulação genética, implantes cibernéticos integrados a redes neurais, membros biônicos integrados ao sistema nervoso, etc.). Mas nem dentro da própria Chordata há certeza sobre isso. Alguns boatos mais preocupantes dizem que a tecnologia caríssima e demorada da clonagem faria parte de uma plano de “imortalidade” da alta diretoria, criando versões novas que tenham a memória da anterior. Seria usado mais com finalidade política e de manutenção dos grandes líderes da própria corporação. Mas, há também boatos no sentido de que já haveria uma pequena venda no “varejo”, para pessoas absurdamente ricas como a Família Real Inglesa, Grande Multimilionários na Arábia Saudita e similares. Mas o mais certo é que mesmo para estes ainda é muito caro tecnologias de próteses perfeitas e melhores que os órgãos originais, chips de ampliação de memória, etc. AS pessoas comuns e pequenos grupos ainda estariam muito longe destas tecnologias.
- A União
Uma das mais sutis megacorporações, a “União” atua quase que subliminarmente junto à população global. Possui uma diversificada rede de captação de recursos, optando por infiltrar seus agentes de forma precisa em setores específicos de empresas, governos e instituições, ao invés de buscar monopolizar seguimentos específicos de mercado. Desta forma, a União possui grande mobilidade e facilidade de recompor-se, uma vez que suas estrutura “física” é praticamente inexistente. Além de sua complexa rede financeiro-administrativa, a megacorporação conta com um inigualável controle do segmento de imprensa e mídia, o que lhe permite manipular de forma bem efetiva a opinião pública.
Atuante principalmente em países em desenvolvimento, a União surgiu recentemente, praticamente do nada, em meio ao cenário megacorporacional. Suas principais sedes estão divididas pela tríade Brasil, India e Rússia? Apesar de preferir uma estratégia descentralizada e virtualizada, a União atua agressivamente em nível global. O ciberespaço e as grandes empresas de mídia estão dentro da área de concentração da União.
O investimento na disseminação e popularização da tecnologia móvel tem sido a estratégia principal desta megacorporação. Milhares de pessoas caladas com os olhos fixados em monitores e portáteis apenas alimentando financeiramente a economia digital, sendo mapeadas e controladas pela corporação. Os laboratórios da União agregam uma gigantesca rede de empresas desenvolvedoras de aplicativos “bonitos, “divertidos” e “inocentes” com utilidades invisíveis para a própria megacorporação. Pesquisas de mercado, espionagem e manipulação da opinião pública são táticas de guerrilha da União contra as outras megacorporações.