Glossário


Ao longo das histórias que compõem a narrativa transmídia NeurAventura , encontramos uma série de expressões que são chaves para o entendimento da história  Caso tenha dúvidas sobre algumas expressões técnicas usadas, nosso Glossário poderá ajudá-lo. As expressões estão disponíveis em ordem alfabética.

A

  • Axônio

É a parte do neurônio responsável pela condução dos impulsos elétricos que partem do corpo celular. São prolongamentos mais longos e fino, ramificando-se pouco no trajeto e muito pela sua porção terminal. Cada neurônio tem um único axônio, onde saem às informações eferentes que se dirigem às outras células de um circuito neural. Caracterizam-se por estar envolto das Células de Schwann no sistema nervoso periférico e pelos oligodendrócitos no sistema nervoso central. Essa estrutura é um verdadeiro cabo de comunicação entre os neurônios, sendo essencial para condução dos sinais serem com maior velocidade, por isso essa associação com tipos de células gliais onde estabelecem em torno da fibra uma espessa camada isolante que possibilita a condução ultra-rápida dos sinais elétricos produzidos pelos neurônios, a chamada Bainha de Mielina.

B

C

  • Cérebro

É o principal órgão e centro do sistema nervoso localizado dentro do crânio, sendo a estrutura biológica mais complexa e extensa já conhecida. Principal regulador e controlador das atividades corporais. Também é a sede da consciência, do pensamento, da memória e das emoções, permitindo ao homem identificar, perceber e interpretar o universo que nos rodeia. Divide-se em dois hemisférios: esquerdo e direito, e esses hemisférios contém cinco lobos, cada região dessas tem sua determinada funcionalidade. Pode-se dizer que o cérebro é um conjunto de milhares de milhões de células distribuídas que se estendem por uma área de mais de 1m² onde conseguimos diferenciar certas estruturas que correspondem às chamadas áreas funcionais.

D

E

F

G

  • Glia (ou Neuroglia ou Gliócitos)

São células não neuronais do sistema nervoso que proporcionam suporte e nutrição aos neurônios, mas não tem apenas esse papel. Durante décadas neurocientistas acreditaram que os neurônios eram responsáveis por toda a comunicação no cérebro e no sistema nervoso, e que as células gliais, embora seja nove vezes mais numerosa que os neurônios apenas alimentavam-os. Após a descoberta de novas técnicas de imagem e instrumentos de escuta, foi mostrado que as células gliais se comunicam com os neurônios e entre elas sobre as mensagens trocadas pelas células nervosas. Essas células são capazes de modificar sinais nas fendas sinápticas entre os neurônios e também podem influenciar o local da formação das sinapses. As células gliais desempenham várias funções, tais como: Cercar os neurônios e mantê-lo no mesmo lugar para o fornecimento de nutrientes e oxigênio; Isolamento de um neurônio do outro para destruição de patógenos e remoção de neurônios mortos; Formação da bainha de mielina e participação na transmissão de impulsos elétricos. Têm também a importante função de produzir moléculas de codificação do crescimento de dentritos e axônios. Segundo descobertas recentes no hipocampo e cerebelo participam ativamente nas transmissões sinápticas; Regulação da liberação de neurotransmissores; Liberação de ATP para modelação das funções pré sinápticas e são muito importantes na reparação de neurônios que sofrem danos.

  • Gliócitos

Ver Glia

H

I

J

K

L

  • Linguagem

Pode ser referida tanto como à capacidade humana para aquisição e utilização dos sistemas complexos de comunicação, quanto a uma exigência específica de um sistema de comunicação complexo. Numa interpretação específica a linguagem refere-se a cada uma das modalidades linguísticas: linguagem oral, linguagem gestual e etc. A linguagem é fundamentalmente diferente e muito mais complexa que as formas de comunicação, seu processamento ocorre em vários locais diferentes do cérebro, mais prioritariamente na Área de Broca (onde ocorre o processamento da linguagem, produção da fala e compreensão) e na Área de Wernicke (responsável pelo conhecimento, interpretação e associação de informações). A linguagem permite que os seres humanos realizem qualquer tipo de comportamento linguístico, tais como aprender línguas, produzir e compreender enunciados, com isso destaca-se as bases biológicas da capacidade humana para a linguagem como sendo um desenvolvimento exclusivo do cérebro.

M

  • Memória

É a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações disponíveis, podendo ser internamente como a memória biológica relacionada ao nosso cérebro ou externamente como a memória artificial relacionada a dispositivos artificiais, assim como um computador. A nossa memória, a memória biológica é dividida em vários processos: a aquisição que consiste na entrada de um evento qualquer nos sistemas neurais ligadas à memória; a seleção onde ocorrem vários eventos múltiplos e complexos e a memória faz uma peneira e só permite a aquisição dos aspectos mais relevantes para a cognição, mais marcante para a emoção ou mais focalizado pela nossa atenção; a retenção que é o armazenamento do evento por um determinado tempo, podendo ser por alguns segundos ou até mesmo por muitos anos; o esquecimento processo que nos mostra que a retenção nem sempre é permanente, na maioria das vezes é um processo temporário; a consolidação onde ocorre a memorização prolongada de um evento; e por último a evocação processo no qual acessamos a informação armazenada para utilizá-la na cognição, na emoção ou até transparecendo através do nosso comportamento.

  • Microglias

São células com corpo pequeno e alongado com poucos prolongamentos curtos e irregulares que se ramificam moderadamente. De origem mesodérmica, podem penetrar no nosso sistema nervoso através da corrente sanguínea, é também considerado que as microglias sejam de origem imunitária, por serem células fagocitárias e serem capazes de fazer a fagocitose. Participam da inflamação e da reparação do sistema nervoso central. Podem apresentar duas formas básicas: os microgliócitos ramificados , que são quiescentes, ou seja estão em repouso e não se proliferam nem atuam em processos patológicos, e os microgliócitos amebóides ou macrófagos cerebrais, que tem uma atividade fagocítica e obtém uma alta proliferação em agressões e traumas no sistema nervoso central.

N

  • Nervo

É um filete alongado em forma semelhante a um cabo, constituído por axônios e dendritos, podendo ser encontrado por todo nosso corpo. Ao analisar o trajeto de um nervo percebe-se que uma das suas extremidades termina em um determinado órgão, enquanto a outra extremidade esta inserida no sistema nervoso central através dos orifícios do crânio e na coluna vertebral. Os primeiros anatomistas disseram que os nervos são cabos de conexão entre o sistema nervoso central e os órgãos, onde impulsos elétricos eram conduzidos ao longo deles. Outra definição para nervo é dizer que é conjunto de fibras nervosas que se aglomeram em paralelo, sendo situado no sistema nervoso periférico formando longos cordões revestidos de tecido conjuntivo.

  • Nervo Óptico

É o segundo dos doze pares cranianos presentes em nosso cérebro que determinam algumas funções motoras, sensitivas e mistas. Sua funcionalidade é em geral sensitiva, ele capta as informações vindas dos cones e bastonetes presentes na retina que são estimulados pela luz e é projetada nos objetos. Após essa captação o nervo óptico envia essa informação ao lóbulo occipital que tem como função a visão, especificamente para as áreas 17, 18 e 19 cuja são responsáveis por processar esta informação, resultando em cor, forma, tamanho, distância e até mesmo noção de espaço. O nervo óptico é formado por um conjunto de fibras nervosas que nascem das células ganglionares da retina.

  • Neuroglia 

Ver Glia.

  • Neuroimunologia

Surgiu a partir de 1980 na literatura médica, sendo conceituado como disciplina que estuda os mecanismos imunológicos e doenças que o principal alvo é o sistema nervoso, ou mais simplificado a neuroimunologia é o estudo das doenças autoimunes do sistema nervoso.

  • Neurônios

São células que geralmente têm longos prolongamentos, considerado como unidade morfofuncional fundamental do sistema nervoso. Os neurônios têm propriedades de produzir e veicular pequenos sinais elétricos considerados bits de informação, que são capazes de fazer a codificação de tudo que sentimos a partir do ambiente externo e interno, e também de tudo que pensamos através da nossa consciência. Os neurônios possuem uma complexa morfologia, mas basicamente é formado por três seguintes componentes: Corpo celular ou pericário, dendritos (prolongamentos numerosos, especializados com função de receber estímulos do meio ambiente) e axônio (prolongamento único, especializado na condução de impulsos que transmitem informações do neurônio para outro neurônio ou para outras células). O neurônio é uma célula altamente especializada responsável pela transmissão de informações através da condução do impulso nervoso, têm a propriedade de responder aos estímulos com modificações da diferença de potencial elétrico que existem entre as superfícies interna e externa da membrana celular. Caracterizam-se pela condução de impulsos nervosos para o corpo e do corpo para outras células.

  • Neurotransmissor

É uma substância sintetizada pelo neurônio, armazenada em vesículas pré-sinápticas que é liberada na fenda sináptica e captados por terminais pós-sinápticos que quando se combinam com proteínas receptoras, ou seja, aquelas que regulam o comportamento da célula obtêm a funcionalidade de transmitir informação entre um neurônio e outra célula pela sua proximidade. Os neurotransmissores podem ser de três tipos químicos: aminoácidos, aminas e purinas. De acordo com a funcionalidade do neurotransmissor e do terminal pós-sináptico, os neurotransmissores são conhecidos pela promoção de respostas excitatórias ou inibitórias entre os neurônios que se comunicam por sinapses químicas.

O

  • Oligodendrócito

São células encontradas apenas no sistema nervoso central que possuem prolongamentos que se enrolam ao redor do axônio dos neurônios, sendo responsável pela formação e manutenção da bainha de mielina, função que no sistema nervoso periférico é executada pela Célula de Schwann.

P

Q

R

S

  • Sinapse

É uma estrutura microscópica de contato entre um neurônio e outra célula, através da qual se dá a transmissão de informações entre as duas, isto é, região de comunicação entre os neurônios e entre os neurônios e outras células. São estímulos que passam de um neurônio para outro por meio de neurotransmissores, não existindo um contato físico, pois por mais que as estruturas sejam próximas, há um espaço entre elas, espaço esse conhecido como fenda sináptica. O impulso nervoso atravessa essa fenda devido à presença dos neurotransmissores localizados nos telodendros, que estimulam o receptor nos dendritos e assim transmite o impulso nervoso de um neurônio para outro.  Há dois tipos básicos de sinapses quanto a sua natureza: as químicas (são verdadeiros chips biológicos, pois podem modificar as informações que transmitem de acordo com as circunstancias) e as elétricas (são sincronizadoras, elas transferem correntes iônicas e até mesmo pequenas moléculas entre células acopladas). 

  • Sistema Imune

É o sistema que compreende todos os mecanismos pelos quais um organismo multicelular, ou seja, com duas ou mais células se defende de invasores externos, sejam esses elementos biológicos como, por exemplo, bactérias, vírus, fungos, ou sendo esses elementos químicos, tais como venenos. Nosso organismo possui dois mecanismos de defesa que se diferenciam quanto à sua especificidade: mecanismo específico que se concentra na capacidade das células imunitárias distinguirem as proteínas produzidas pelo nosso próprio corpo das proteínas produzidas por invasores; mecanismo inespecífico que protege o organismo de qualquer material ou microorganismo estranho. Assim como a mente humana que permite que uma pessoa desenvolva a sua própria forma de ser, o sistema imune condiciona um conceito próprio, tendo a funcionalidade de defender nosso corpo dos invasores externos, apesar de sua complexidade, sua estratégia é simples: reconhecer o inimigo, mobilizar formas e atacar assim mantendo o equilíbrio e a proteção do corpo humano.

T

U

V

X

W

Y

Z

 

  • Referências Bibliográficas

LENT, R. Cem Bilhões de Neurônios: Conceitos Fundamentais da Neurociência. Rio de Janeiro: Biblioteca Biomédica, 2001. 698 p.

Junqueira, L. C. U.; Carneiro, J. Histologia Básica – Texto e Atlas. Brasil:Guanabara Koogan, 2008. 11ª Ed.

  • Referências da Web

Wikipédia [internet] Disponível em: www.wikipedia.com

http://saude.ig.com.br/cerebro/

http://www.cerebronosso.bio.br/sinapses/

http://www.icb.ufrj.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=313&sid=427

http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=84&id=1036