CADÊ O BOTÃO DE DESLIGAR? TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) – trechos do livro “Criança, Família e Escola”
“Não eduques as crianças nas várias disciplinas
recorrendo à força, mas como se fosse um jogo, para que também
possas observar melhor qual a disposição natural de cada um.”
(Platão)
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um dos transtornos mais comuns da infância e adolescência. Não é o resultado de falta de disciplina ou de controle dos pais, assim como não é falta de força de vontade ou de caráter da criança ou do adolescente, como, erroneamente, muitos adultos pensam ser. Ele é, na realidade, um distúrbio neurobiológico, ou seja, um problema que reflete uma alteração de funcionamento do sistema nervoso. O comportamento da criança é caracterizado por desatenção e/ou hiperatividade e impulsividade. Seguem abaixo alguns sinais típicos:
Desatenção:
- a) frequentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras.
- b) com frequência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou brincadeiras.
- c) com frequência parece não escutar quando falam com ela.
- d) com frequência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais (não por má vontade ou incapacidade de compreender as instruções).
- e) com frequência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades.
- f) com frequência evita ou reluta a envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas na escola ou deveres de casa).
- g) com frequência perde objetos (por exemplo, brinquedos, tarefas escolares, lápis, livros ou outros materiais).
- h) é facilmente distraído por estímulos alheios às tarefas.
- i) com frequência apresenta esquecimento em atividades diárias (por exemplo, esquece-se de recados).
Hiperatividade:
- a) frequentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira.
- b) frequentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado.
- c) frequentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isso é inapropriado(adolescentes e adultos podem sentir a inquietação, mesmo que permaneçam quietos).
- d) com frequência tem dificuldade para participar de brincadeiras mais organizadas, que exigem momentos de silêncio ou quietude.
- e) está frequentemente “a mil” ou muitas vezes age como se estivesse “a todo vapor”.
- f) frequentemente fala além da conta.
Impulsividade:
- a) frequentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas.
- b) com frequência tem dificuldade para aguardar sua vez.
- c) frequentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por exemplo, intromete-se em conversas ou brincadeiras).
Mas, atenção! Não podemos ser precipitados! Crianças normais podem apresentar alguns desses sintomas em determinados ambientes sem que isso seja considerado um transtorno. Para que o médico faça o diagnóstico de TDAH, é preciso que a criança apresente….. (http://www.pulsoeditorial.com.br/crianca-familia-e-escola.html)
Muitas vezes, a criança precisará de medicação de uso contínuo para que consiga haver um controle adequado dos sintomas de hiperatividade, impulsividade e/ou desatenção, o que deve ser conversado com o médico. Outra forma de ajuda é a psicoterapia (em especial as abordagens chamadas de comportamentais), além de suporte pedagógico, treino de habilidades sociais e orientação para pais. Através dessas abordagens, a criança vai aprender…(http://www.pulsoeditorial.com.br/crianca-familia-e-escola.html)
A repetição e a paciência são necessárias, pois devido à natureza do problema, a criança tende ou a esquecer do combinado ou a agir impulsivamente, antes de se dar conta de que burlou uma regra já estabelecida. As tarefas propostas não devem ser muito longas e necessitam ser explicadas passo a passo. É importante que o aluno receba atendimento individualizado. Muitas vezes, essas crianças precisam de reforço de conteúdo em determinadas disciplinas. Isso acontece em parte pela dificuldade de concentração, autocontrole e organização da criança, mas também porque elas vão acumulando ao longo dos anos lacunas no seu aprendizado.
Os elogios são fundamentais. É preciso muito amor para entender o comportamento das crianças com TDAH, lembrando-se sempre que seu filho/aluno tem uma dificuldade, e não um defeito de caráter: ele(a) não consegue controlar o que fala ou faz e, com certeza, tem qualidades e potenciais a serem valorizados, sendo essas crianças geralmente inteligentes, sensíveis, curiosas, criativas, corajosas, inventivas, espontâneas e cheias de energia!
O amor é a força mais abstrata e também a mais potente que há no mundo (Mahatma Gandhi)
Mais sobre o assunto no livro:
Criança, Família e Escola
Autores: Elisabete Castelon Konkiewitz & Miguel Angelo Boarati
Ilustrações: Iraci Coneglian Oliveros
ISBN: 978-85-8298016-3
128 páginas
R$ 35,00
Peso – 0,240 grs
Idioma – português
Edição – primeira em junho 2015
http://www.pulsoeditorial.com.br/crianca-familia-e-escola.html
SUMÁRIO
Capítulo 1
Há muitas formas de ajudar
Capítulo 2
Como os pais podem ajudar
Capítulo 3
Como o professor pode ajudar
Capítulo 4
Como prevenir o bullying
Capítulo 5
Introdução à neurobiologia
Capítulo 6
Cadê o botão de desligar? Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
Capítulo 7
Se todos dizem sim, então eu digo não: Transtorno de Oposição Desafiante (TOD)
Capítulo 8
Os meus fins justificam os meus meios: Transtorno de Conduta
Capítulo 9
Por que para todos é tão fácil, menos para mim? Transtornos Específicos da Aprendizagem com Prejuízo na Leitura e na Escrita
Capítulo 10
Por mais que eu me esforce, isso não entra na minha cabeça: Transtorno Específico da Aprendizagem da Matemática
Capítulo 11
Quem foi que apagou a luz do sol? Depressão na Infância
Capítulo 12
Não me apeguei a ninguém e hoje não sei amar: Transtornos da Vinculação
Capítulo 13
Dentro de mim, uma montanha russa: Transtorno Bipolar na Infância
Capítulo 14
Fico o tempo todo irritado e explodindo como um rojão: Transtorno da Desregulação do Humor Disruptivo
Capítulo 15
O, mãe! Tô com medo! Transtornos de Ansiedade na Infância
Capítulo 16
Esse pensamento não saí da minha cabeça: Transtorno Obsessivo-Compulsivo
Capítulo 17
Em mim, um cavalo indomado: Transtorno de Tourette
Capítulo 18
Sou muito desengonçado : Transtorno da Habilidades Motoras
Capítulo 19
Desejo e Culpa: Transtornos Alimentares
Capítulo 20
Relâmpagos no cérebro: Epilepsia
Capítulo 21
Mãe, eu fiz xixi na cama! Enurese Noturna
Capítulo 22
Eu sou uma ilha. Entre mim e vocês, um oceano: Transtornos do Espectro Autista
Capítulo 23
Ninguém me entende: Transtorno Pragmático da Comunicação Social
Capítulo 24
Tenho limitações, mas posso ir além dos meus limites: Transtorno do Desenvolvimento Intelectual
Capítulo 25
Eu sou mais do que a imagem que você vê em mim: Paralisia Cerebral
Capítulo 26
O que vem de fora me atinge: Transtorno do Uso de Substâncias Psicoativas
Capítulo 27
O Mundo de repente ficou estranho: Esquizofrenia
Capítulo 28
Considerações Finais
AUTORES
Elisabete Castelon Konkiewitz
Graduada em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo
(UNIFESP) em 1993 e doutora em Neurologia pela Technische Universität München (Alemanha) em 2002. Desde 2008 professora adjunta da Faculdade de Ciências da Saúde (curso de Medicina) na.Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Foi docente na Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) e na Universidade de Marília (UNIMAR).
Docente em cursos de pós-graduação nas áreas de Educação e
Enfermagem. Tem experiência nas áreas de Neurologia e Psiquiatria, atuando no momento principalmente no tema: transtornos de aprendizado e comportamento da criança na escola.
Miguel Angelo Boarati
Médico, Especialista em Psiquiatria da Infância e da Adolescência pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – USP, Coordenador do ambulatório de Programa de Transtornos Afetivos (PRATA) e do Hospital-Dia Infantil (HDI) do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência (SEPIA) do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), realiza atendimento e avaliações periciais de crianças e adolescentes com transtornos mentais internadas na Fundação CASA;
autor de vários artigos de revistas especializadas e capítulos de livros sobre o tema de Psiquiatria.
Sou autora do livro infantil João Agitadão que foi editado em 2009 e que visa contribuir para ajudar a elevar a autoestima das crianças com TDAH.
Desejo comprar este livro. Como faço????
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