A ESCOLA ENSINA OS SERES HUMANOS A PENSAR, MAS SOMOS TODOS CIBORGUES
Palavras-chave:
mente estendida, cognição, educaçãoResumo
A cultura escolar privilegia, seguindo alguns preceitos filosóficos que remontam ao Iluminismo, o ensino intelectual. De acordo com eles, a mente humana precisa ser ensinada a pensar sendo esta a tarefa das instituições de ensino. Teses atuais da filosofia da mente apontam, entretanto, que não é o intelecto, mas o corpo associado e híbrido quem aprende. De acordo com Andy Clark e as reflexões teóricas que integram a embodied embedded cognition, a mente e a cognição humana não se reduzem a um conjunto de operações mentais, mas são atividades corporais em que corpo, mente e mundo desempenham funções e se relacionam como em uma orquestra. Nesta sinfonia, lápis, caneta e cadernos, por exemplo, são tão cruciais ao ato de aprender quanto neurônios ou o próprio cérebro. Esses pressupostos permitem pensar esses artefatos como tecnologias cognitivas e não (meros) recursos didáticos. O objetivo do artigo é levantar, a partir desta visão, alguns questionamentos à área da Educação. As problemáticas colocadas buscam, sobretudo, construir uma maior interface entre estas reflexões e o contexto escolar, analisando especialmente o papel dos artefatos tecnológicos e sua relação com a aprendizagem.
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