YOGA E MINDFULNESS NO TRATAMENTO DA ADIÇÃO AO ÁLCOOL-por Maira Thaís Haro Rossini

 

Introdução

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O álcool esteve presente na humanidade desde tempos remotos, geralmente associado a momentos de festividade e comemoração. Entretanto, o abuso dessa substância é considerado um distúrbio psiquiátrico, muitas vezes negligenciado. Especialmente a dependência de álcool é  bastante preocupante, uma vez que as taxas de recaída são, apesar das medidas de reabilitação disponíveis, ainda muito altas_entre 40 a 70% no primeiro ano após o início do tratamento com terapias psicossociais.1  Os resultados modestos de psicoterapias de base cognitivo-comportamental e  da farmacoterapia,  apontam para a necessidade da busca de outros caminhos. Assim terapias complementares, como yoga e mindfulness (meditação de atenção plena), são cada vez mais reconhecidas pela sua capacidade em contribuir para a recuperação da adição, em parte por apresentarem efeitos sobre o controle do estresse, das emoções e da impulsividade comportamental.2 Estariam os centros de reabilitação preparados para introduzir novos conceitos no tratamento da dependência do álcool?

Uso, abuso e Adição ao Álcool

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A intoxicação por álcool costuma causar irritabilidade, comportamento violento, sentimentos de depressão e, raramente, alucinações e delírios. A cessação pode desencadear a síndrome de abstinência, marcada por insônia, hiperatividade do sistema nervoso autônomo e sentimentos de ansiedade.3

Os transtornos da personalidade antissocial são frequentemente associados àqueles relacionados ao álcool, embora ainda seja um ponto discutível.3 Já quanto aos transtornos de humor, um recente estudo americano revelou significativa comorbidade entre transtornos de humor e transtornos de uso de substâncias. Dentre os entrevistados diagnosticados com depressão maior, mais de 40% apresentavam distúrbio por uso de álcool e 21% possuíam história de dependência de álcool.4 Em mulheres, em que transtornos de humor e de ansiedade são mais frequentes e oriundos do estresse, o risco para desenvolver dependência de álcool é maior e a adição se desenvolve em um período mais curto do que aqueles que não possuem esses transtornos psiquiátricos.5 Quando a depressão maior está associada à dependência de álcool, há grande risco de recaídas e suicídio, principalmente se o diagnóstico do transtorno de humor não for identificado.6

Muitas pessoas usam o álcool por sua eficácia para aliviar a ansiedade, visto que ele age como depressor do SNC. Outro estudo mostrou que, dentre os dependentes de álcool, 36,9% apresentaram transtorno de ansiedade nos últimos doze meses antes do estudo. As fobias e o transtorno de pânico são particularmente frequentes.7

Outro fator importante é o estresse, conhecido por precipitar a recaída alcoólica através de diversos mecanismos cognitivos, emocionais, fisiológicos e comportamentais inter-relacionados. O estresse apresenta um impacto negativo sobre o sistema imune, e a exposição prolongada aumenta a suscetibilidade a doenças, desencadeando problemas de saúde físicos e mentais, como ansiedade e depressão. Práticas consistentes de yoga melhoram a depressão e podem conduzir a significativo aumento nos níveis de serotonina.8 Além disso, a prática de yoga pode reduzir os níveis de cortisol no plasma, pois possui ação no eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal (HHA). O cortisol em níveis elevados é uma característica da depressão, ansiedade e estresse e tem efeitos deletérios no hipocampo e outras estruturas límbicas. Dessa forma, o yoga, através da redução dos níveis de cortisol, pode ter uma ação neuroprotetora.9

Entre 40 a 70% dos pacientes que se submetem a terapias psicossociais retomam o uso do álcool em algum momento ao longo dos doze meses de tratamento. A recaída é mais comum após três meses do término da desintoxicação. Portanto, prevenir a recaída ou minimizar sua extensão é fundamental para qualquer tentativa em facilitar a mudança bem-sucedida e prolongada no comportamento aditivo.1

Yoga e seus efeitos

. Todas as aflições, segundo Patañjali, autor do Yoga Sutra, podem ser evitadas quando nossa noção de individualidade e sensações externas retornam ao seu estado original e os turbilhões de pensamento sem controle, principal causa do sofrimento, são afastados pelas práticas de meditação.10

10830646_1527319050842533_5280192201572811193_oO Yoga Sutra é obra de referência do yoga clássico, criado entre os séculos I e II a.C. Patañjali define o yoga como “a superação dos turbilhões do instrumento interno”, ou  “a ciência do controle das flutuações mentais ”. A superação dos turbilhões dos pensamentos é desenvolvida pelas práticas das técnicas de yoga e pelo total desapego. A prática é descrita como a permanência no estado de estabilidade dos pensamentos por um período prolongado e ininterrupto. O desapego é a revelação da consciência absoluta que fica escondida dentro de nós, bloqueada por nosso “instrumento interno”, que compreende toda a experiência sensorial do ego (noção de individualidade), da mente pensante, dos cinco sentidos e do corpo físico. Esses estímulos são variáveis e intensos, presentes em cada momento do cotidiano; isso impede que a consciência seja percebida em sua essência, que é livre das limitações das sensações externas.10

Ao contrário das crenças ocidentais populares, a prática antiga do yoga envolve muito mais do que apenas posturas e meditação; é composta por princípios éticos, a fim de viver uma vida com significado e propósitos, levando à iluminação e autorrealização. Em relação às práticas psicofísicas, Patañjali descreve os oito membros que compõem o yoga clássico, que possuem igual importância e fazem parte de um todo: yamas: os princípios éticos ou autodomínio; niyamas: as observâncias individuais (ações mentais positivas); asanas: as posturas psicofísicas; pranayama: controle da respiração; pratyahara: bloqueio dos cinco sentidos e das ações físicas ou interiorização; dharana: concentração propriamente dita; dhyana: meditação e Samadhi: meditação em seu estado mais profundo, integração ou autorrealização.11

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Pranayama ou controle respiratório envolve três movimentos: a inspiração, a expiração e a retenção de ar nos pulmões. É caracterizado por uma respiração lenta, resultando em uma frequência respiratória de seis respirações por minuto, sendo uma das técnicas de relaxamento mais eficazes. Ele é conhecido por aumentar o tônus parassimpático, diminuir o tônus simpático, aumentar as funções cardiovasculares e respiratórias, diminuir os efeitos do estresse e tensão no corpo e aumentar a saúde física e mental.12 Estudos têm demonstrado também a relevância do padrão respiratório sobre as funções mentais. Determinados estados emocionais como a raiva ou a ansiedade podem alterar não só a profundidade e a frequência respiratória, como também seu padrão de predomínio (torácico ou diafragmático). O padrão torácico pode refletir a influência da tensão muscular na respiração.13

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Meditação é o estado de atenção tão profunda a percepções externas (como o ato de respirar) que todos os pensamentos param e uma experiência de consciência serena emerge. Esse é um estado de pureza, um caminho para o amadurecimento e para a iluminação. Já o objetivo do meditador é experienciar esse senso de quietude na sua vida diária.14 A resposta de relaxamento alcançada após o yoga pode conferir a habilidade para encarar situações em um estado mental relaxado e realizar tarefas com muito mais tranquilidade e menor esforço.

 

Mindfulness: conceito e mecanismos de ação

A palavra doença é de rara citação nos textos ligados ao yoga clássico, pois o objetivo principal das técnicas é a emancipação espiritual. Autores modernos têm utilizado técnicas de meditação como terapias eficientes no tratamento de doenças físicas e quadros neuropsiquiátricos. A medicina “mente-corpo” popularizou a meditação Sati das práticas budistas com o nome de meditação de atenção plena (mindfulness).10

A meditação mindfulness deve ser diferenciada da meditação de concentração, em que a consciência é centrada em um único estímulo, como um mantra ou a respiração. Com a prática do mindfulness, no entanto, o meditador se torna mais consciente da natureza do processo vivenciado. O fato de estar atento intencionalmente provoca uma mudança na perspectiva: o que antes era subjetivo (pensamentos e sentimentos que criavam um senso de individualidade) agora se torna o objeto da consciência.14

 

Mindfulness envolve autorregulação da atenção para experiências vividas no momento presente, caracterizada por curiosidade, abertura e aceitação, sem julgamentos. Uma consequência de uma prática mente-corpo consistente é o autoconhecimento, um fator essencial para reduzir o comportamento automático, como a impulsividade e a recaída.15

 

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No contexto da prática do yoga, durante a realização do asana (posturas psicofísicas que alongam e fortalecem diferentes partes do corpo), a respiração abdominal e o foco da consciência no corpo são o componente mental, assim como a aceitação dos limites físicos durante a prática. A atenção na experiência física ajuda a centrar o ego no momento presente. Esse tipo de consciência sensorial focada no presente também integra o conceito de mindfulness.16

Embora não tenha sido detectado alvo molecular como mediador para os efeitos do álcool, ao contrário de outras drogas de abuso,1 o uso crônico de drogas está associado com desregulação do controle do comportamento emocional pré-frontal dependente.10

Yoga e  mindfulness podem melhorar esse controle cognitivo, e também alterar a compreensão da individualidade. Quando a mente está desgovernada e assume seu estado original inalterado, o ego é entendido como uma experiência centrada no indivíduo. A neurociência identificou a neuroanatomia funcional da tendência em estreitar o foco no indivíduo sobre condições naturais da mente, conhecida como “mente vagando” (pensamentos estímulo-independentes); os substratos neurais envolvidos nesse processo são conhecidos por “rede em modo padrão” (default mode network – DMN).17

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O DMN é composto por um grupo de regiões cerebrais funcionalmente conectadas, alcançando diversos córtices, incluindo o pré-frontal, parietal e temporal, bem como o giro do cíngulo e algumas regiões subcorticais, como a amígdala e o hipocampo. A atividade do DMN é modificável através da prática de meditação. Especificamente, a meditação do yoga tem sido associada com maior conectividade funcional entre o DMN e outras redes de distribuição cerebral envolvidas na atenção, processo autorreferencial e respostas afetivas, e a meditação de plena atenção tem mostrado diminuição da reatividade emocional no sistema límbico.2

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Prevenção de Recaída Baseada no Mindfulness (MBRP) na adição ao álcool

A Prevenção de Recaída Baseada na Atenção Plena (Mindfulness-Based Relapse Prevention – MBRP) é uma intervenção psicoeducacional de oito semanas baseada em grupos, que combina as estratégias cognitivo-comportamentais tradicionais de prevenção de recaída com treinamento de meditação. O objetivo primário da MBRP é ajudar os pacientes a tolerar estados desconfortáveis, como fissura, e vivenciar emoções difíceis sem reagir automaticamente.2 As sessões são conduzidas por psicólogos e incluem meditação mindfulness e discussão de um tema central, como o comportamento automático e sua relação com a recaída. Há o reconhecimento dos pensamentos em relação a gatilhos, como raiva, ansiedade e medo, e os pacientes integram as práticas de mindfulness no dia-a-dia através da prática das habilidades em situações de alto risco, evitando assim a recaída.18

Tradicionalmente, mindfulness é ensinado a partir de práticas de meditação que inicialmente focam no desenvolvimento de capacidades de concentração, trazendo a atenção repetidamente para um objeto, como a respiração. A atenção é então ampliada para incluir todos os eventos físicos e mentais que são experienciados (sensações corporais, emoções e pensamentos).19

Dentre essas funções, controle da atenção, monitoramento do comportamento, consciência interna e autorregulação podem modificar a falta de discernimento, hábitos instintivos automáticos e reatividade após episódio de estresse, que promovem comportamento aditivo.20

Um estudo sobre tratamento baseado em mindfulness para distúrbios por uso de substâncias sugere que a participação no tratamento estava associada com significativas diminuições na fissura e no uso de substâncias quando comparada ao tratamento usual. Além disso, indivíduos dependentes de álcool têm demonstrado atenuação da ansiedade autorreferida, com concomitantes mudanças adaptativas em funções do sistema nervoso autônomo, enquanto permanecem totalmente conectados com suas experiências.19

Apesar de todos os benefícios expostos, a prática da meditação mindfulness permanece limitada. Isso é devido a diversos fatores, incluindo falta de instrutores e programas de treinamento, custos desses programas, divergências entre os métodos envolvidos e problemas em estabelecer uma prática regular. 21 Também há impacto no meio científico: a maioria dos ensaios clínicos em práticas de meditação geralmente é caracterizada por uma metodologia de qualidade inferior, refletindo em grande dificuldade para a validação desses estudos.22

Conclusão

A adição ao álcool é uma realidade cada vez mais comum. Seu reconhecimento como distúrbio psiquiátrico tem permitido o manejo do quadro de forma mais eficaz, mas ainda não é ideal. As alterações comportamentais advindas do uso da substância e a ansiedade pela abstinência prolongada devem ser tratadas com abordagens de modificação do comportamento e tranquilização.3 Esse objetivo pode ser alcançado através das práticas complementares de yoga e mindfulness.

No cenário clínico, a prática de mindfulness tem apresentado resultados mais concretos, até por haver mais estudos associando essas práticas com o uso de álcool. Além da grande gama de estudos, as evidências em neurociências e a promoção do bem-estar através da regulação corporal são argumentos fortes para a implantação de mindfulness e yoga em maior escala para o tratamento da adição ao álcool.

A qualidade metodológica da maioria dos ensaios clínicos sobre práticas de meditação é inferior. Apesar de ter ocorrido estatisticamente uma significativa melhora na qualidade metodológica ao longo do tempo, é fundamental que estudos futuros em meditação sejam rigorosos em design, execução e no relato dos resultados.22

 

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Maira Thaís Haro Rossini-estudante do curso de medicina-XIIIa turma-FCS-UFGD

 

 

REFERÊNCIAS

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