Literatura, cinema e neurociências: “Macbeth”, “Laranja mecânica”, “Pulpfiction” e a Neurobiologia do comportamento violento- por Thales Gonçalves, Fernando Sumita, Ricardo Casagrande, João Paulo Hahmed e Elisabete Castelon Konkiewitz
Introdução

Violência é todo comportamento agressivo que causa lesão física, psicológica ou moral a um indivíduo, sem o consentimento deste. É um fenômeno amplo, multifatorial, associado a aspectos políticos, socioeconômicos, culturais, genéticos, médicos e psicossociais e que causa sérios problemas para a sociedade. (1) (2)
Estatisticamente, os atos de violência se confirmam como um grave problema social. Um estudo recente da Organização Mundial de Saúde forneceu uma estimativa de que, em 1 ano, no mundo, 1,43 milhões de pessoas morrem a partir de qualquer violência auto-infligida ou interpessoal (excluindo conflito armado), com um número ainda muito maior de vítimas não fatais. A maioria dos atos de violência são não planejados, representando agressividade impulsiva.(3)
Embora a violência possa ocorrer em muitos contextos, os atos individuais de agressão são relevantes para a maioria dos casos. Em alguns indivíduos, atos repetitivos de agressão são baseados em uma susceptibilidade neurobiológica subjacente que estará em destaque nesta revisão.
Circuitos neurais do comportamento violento
A caracterização dos circuitos neurais que medeiam a agressividade é de difícil descrição, já que os mesmos circuitos são também responsáveis por controlar outros comportamentos sociais e emocionais. Dessa forma, sabe-se que a conduta agressiva é uma manifestação associada a alterações nas vias controladoras de condutas sociais e emocionais (4). Incluídos nesses circuitos estão a amígdala medial, córtex orbitofrontal e hipotálamo. (5)
Estudos em macacos identificaram o circuito ilustrado na figura 1, em que os estímulos externos são interpretados pela amígdala medial e o córtex orbitofrontal. Da amígdala, os estímulos são enviados para o hipotálamo anterior e para o núcleo do leito da estria terminal, para então seguirem, via substância cinzenta periaquedutal, até a medula e manifestar o comportamento violento.
A emergência, ou a inibição do comportamento violento resulta do resultado da contraposição de duas “forças”: Por um lado, o córtex pré-frontal é responsável pelo mecanismo denominado top down, processo que suprime a impulsividade, já a amígdala realiza o bottom up, o qual estimula o comportamento violento (6). Assim, é evidente que alterações ocorridas no córtex pré-frontal ou na amígdala resultam em desequilíbrio entre os dois processos top down e bottom up. Como consequência, tem-se a desregulação dos circuitos emocionais e maior, ou menor suscetibilidade à emergência de comportamentos violentos.

O córtex pré-frontal
O estudo do córtex pré-frontal (CPF) como determinante em atitudes violentas teve início a partir do conhecido caso de Phineas Gage, operário americano que, após ter seu CPF perfurado por uma barra de aço, tornou-se socialmente inadequado, impulsivo e, por vezes, agressivo.
Por volta dos anos 40, eram frequentes as lobotomias frontais para tratamento de doentes psiquiátricos com quadros de depressão e ansiedade. Os resultados das cirurgias eram satisfatórios no que se referia à melhora dos sintomas dessas patologias, no entanto, pacientes submetidos a tais tipos de procedimentos tornavam-se lentificados, apáticos e mostravem comportamento agressivo (7).
Em 1992, Christina Meyers et al fizeram um relato de caso em que o paciente havia sido submetido à retirada cirúrgica da hipófise devido a um adenoma. Após o procedimento, J.Z. sofreu uma mudança radical em sua personalidade: antes descrito como honesto, bom trabalhador e confiável, o paciente começou a apresentar comportamentos agressivos e irresponsáveis perante sua família e trabalho, semelhantes aos sintomas de desordem de personalidade anti-social. Através de imagens de ressonância magnética, descobriu-se uma lesão no lobo esquerdo do córtex orbitofrontal como causa da drástica mudança de comportamento sofrida pelo paciente. (8)
Em estudo mais recente, envolvendo 21 pacientes com transtorno de personalidade anti-social, imagens de ressonância magnética demonstraram diminuição de 11% no volume de substância cinzenta no CPF (9).

O papel da serotonina
Sabe-se que a ativação do córtex pré frontal envolve neurotransmissores, dentre eles, a serotonina. Há evidências de que baixos níveis de 5-HT se correlacionam com o aumento da emergência de comportamentos agressivos, possvelmente por diminuir a ativação do córtex pré frontal, ou por ter menor atuação em receptores 5-HT espalhados em outras áreas do cérebro (que incluem estruturas como hipocampo, substancia cinzenta periaquedutal e septo lateral) (5).
Em um estudo duplo-cego, a administração de fluoxetina, fármaco inibidor da recaptação de serotonina, em pacientes com transtornos de personalidade e que apresentam recorrentes episódios de comportamento agressivo levou à diminuição da incidência de comportamentos violentos em comparação ao grupo controle que recebeu placebo (10).
Estudos com ratos geneticamente modificados sem o gene Htr1b, que codifica a produção de receptores 5-HT1B, demonstraram que os mesmos são mais agressivos em comparação aos animais normais. (11).

Interação gene-ambiente
A psiquiatria moderna tem se empenhado na procura de genes de vulnerabilidade. No entanto, não se pôde estabelecer até o momento uma relação direta entre um determinado gene e uma determinada patologia psiquiátrica. Por outro lado, as evidências sugerem que os genes se associam a respostas mal adaptativas apenas sob determinadas condições ambientais. O controle genético da sensibilidade ao ambiente é denominado interação gene-ambiente. Por exemplo, o comportamento agressivo é influenciado pelas interações complexas entre polimorfismos dos genes que medeiam o circuito serotonérgico e fatores ambientais, especialmente as experiências da infância precoce. Estudo realizado com 184 voluntários separados em dois grupos, violento e não violento, objetivou investigar a contribuição de polimorfismos para genes que codificam o transportador de serotonina (5-HTT) e a enzima monoamino oxidase A (MAO-A) e fatores do meio. A análise de regressão logística mostrou que o melhor modelo de previsão de comportamentos violentos no adulto com poder preditivo de 74% revelava efeitos independentes de experiências adversas na infância e a presença do polimorfismo com alelo MAO-A curto. Observou-se que, no grupo considerado violento, 45% dos voluntários carregavam o alelo MAO-A curto, enquanto no grupo não violento apenas 30% tinham o mesmo. Em relação ao gene 5-HTT, evidenciou-se que apenas nos portadores da variação com alelo curto experiências adversas na infância se associavam a maior risco de comportamento violento futuro (12).
Amígdala

Outra anormalidade crítica intrínseca ao comportamento agressivo é a hiperatividade do sistema límbico, incluindo a amígdala. O aumento da atividade ocorre em resposta a estímulos negativos ou provocativos, particularmente estímulos que provocam raiva. A ativação desses sistemas em face da diminuição da regulação “top-down” , envolvendo o CPF, pode levar a comportamento de raiva desinibida e agressividade.
Os circuitos envolvendo a amígdala relacionados ao comportamento agressivo são complexos. Estímulos que conotam ameaça são encaminhados para o núcleo lateral da amígdala, que então, projeta para o núcleos da base, onde a informação sobre o contexto social derivado do córtex orbitofrontal (OFC) é integrado com a informação perceptual (13, 14). Respostas comportamentais podem ser iniciadas por meio de projeções do núcleo basal da amígdala a várias zonas corticais, e as respostas fisiológicas podem ser produzidas através de projeções dos núcleos da base para o núcleo central da amígdala e, em seguida, para o hipotálamo e do tronco cerebral. Hiper-estimulação da amígdala pode, portanto, provocar aumento excessivo da sensibilidade a estímulos sociais que regulam a emoção.
Estudos de ressonância magnética nuclear funcional (fMRI) evidenciaram que pacientes com transtorno de personalidade boderline (caracterizados por grande instabilidade emocional e impulsividade), quando expostos a imagens negativas, apresentaram maior ativação da amígdala, quando comparados a indivíduos saudáveis (15, 16,17) .
Estudo com tomografia por emissão de pósitron (PET)_ que mede o metabolismo da glicose, como um marcador do nível de atividade em diferentes áreas cerebrais_ mostrou que a exposição a filmes conteúdo emocional negativo induzia ativação da amígdala e a intensidade desta ativação se correlacionava positivamente com a capacidade de se recordar dos filmes após um período de três semanas. Este achado confirma o papel da amígdala na atribuição de valor emocional aos estímulos (bom, ruim, ameaçador, etc) e na formação da memória emocionalos indivíduos com níveis mais elevados da taxa metabólica da amígdala, em resposta à apresentação de filmes com cenas relacionadas a emoções negativas, apresentaram melhor lembrança desses filmes semanas após a sua apresentação (18). .
Considerações finais
O comportamento violento emerge quando o córtex pré-frontal responde aos impulsos provocativos de agressão de forma ineficiente, não inibindo o comportamento agressivo. O desequilíbrio entre a regulação do “bottom up” e “top-down”, a hiper-reatividade da amígdala, associada à inadequada inibição do CPF aumentam a probabilidade de comportamento agressivo. Alterações no desenvolvimento dos circuitos subcorticais, bem como anormalidades nos neurotransmissores também estão envolvidas nesse processo. A serotonina facilita a inibição pré-frontal e, assim, insuficiente atividade serotonérgica pode prejudicar o controle das respostas emocionais, levando a maiores chances de comportamento agressivo.

Violência e culpa em Macbeth |

Macbeth é uma tragédia escrita por Willian Shakespeare no século XV na Inglaterra. Conta a história de um general do exército real da Escócia, chamado Macbeth- que, ao retornar de uma batalha, na qual havia defendido heroicamente seu país, encontra, no meio do caminho, três feiticeiras e estas lhe profetizam que ele será o próximo rei. Uma vez em seu castelo, sua esposa, Lady Macbeth, fica totalmente fascinada ao ouvir sobre a profecia e persuade o marido a assassinar o atual monarca.
Após o crime, a profecia, de fato se realiza. No entanto, este é o início de uma sucessão trágica de eventos, que envolve a separação psíquica do casal, isolamento, loucura, suicídio e vários assassinatos. Foi uma maldição sobre as suas vidas. Os dois foram vítimas do conflito entre o desejo de poder, por um lado, e a consciência moral que trazia uma exigência interna de punição, por outro.
Macbeth parece desde o início de alguma forma ciente do seu fim, pois este é uma necessidade. Como herói trágico, porém, ele percorre todos os passos que o conduzem ao seu destino, que é inexorável.
A história é sangrenta do começo ao fim. Contém imagens terríveis de infanticídio, inicialmente evocadas pelo discurso de Lady Macbeth e posteriormente perpetradas pelo seu marido contra Lady Macduff e seus filhos, os quais representam ideais de maternidade, pureza, inocência e amor familiar, criando uma imagem diametralmente oposta à do casal Macbeth, que, por sinal, não tem filhos.

Trono manchado de sangue (1957)de Akira Kurosawa é uma transposição da tragédia Macbeth para o cinema. Além de modificar o texto original, o diretor leva a história para o universo dos samurais, no contexto feudal japonês. Há também elementos estéticos do teatro Nô, que é uma forma tradicional de dramatização no Japão que envolve canto, dança e uso de máscaras. No filme, por exemplo, a senhora Asaji (Lady Macbeth) usa uma maquiagem, que petrifica seu rosto, ela fica longos momentos imóvel e, quando se movimenta, seus gestos e seu andar parecem coreografados e pouco naturais. Todos estes detalhes a tornam ainda mais sombria, mais impenetrável e mais cruel. Talvez a mais cruel de todas as Ladys Macbeths.

Roman Polanski também traz a tragédia para o cinema em 1971. Seu texto é mais fiel ao original e sua filmagem procura recriar as paisagens descritas, ou sugeridas na peça teatral. Ele filma cenários da Escócia, incluindo paisagens e castelos e recria as vestimentas, a música e a dança medievais. Além disso, Polanski se concentra nas transformações psicológicas do herói, na evolução de sua loucura, no seu dilaceramento e solidão. Efeitos de fotografia e de música são utilizados para expressar e conferir dimensão trágica ao sofrimento de Macbeth, o qual, porém, não nos comove. Ele é herói e anti-herói, permanece cruel e inescrupuloso até o fim, seguindo em suas atrocidades apesar da consciência de culpa e de nulidade cada vez maiorres, como mostra sua fala:
“A vida é uma história contada por um idiota, cheia de som e de fúria, sem sentido algum.” – Cena V, Ato V. ”
Mas como pode a história de um casal tão torpe encantar platéias do mundo todo no transcorrer dos séculos? O que há de tão especial nesta trama?
Primeiramente é preciso que se entenda que o assassinato do rei não foi apenas um crime estratégico, pois o rei não era um simples regente temporal. Ao contrário, ele refletia uma escolha divina para ocupar aquela posição e isto o recobria de uma aura sagrada. A dimensão do ato de Macbeth talvez nos nossos tempos só pudesse ser comparada ao parricídio, ou fratricídio (o que lembra a culpa da personagem Michael Corleone- também uma figura com traços macbethianos- em O poderoso chefão 3 por ter assassinado seu próprio irmão).
Macbeth não foi simplesmente uma vítima das feiticeiras, mas ao contrário, escolheu seus próprios atos e sua culpa lhe sussurra isso o tempo todo. A profecia não era uma predestinação obrigatória. As feiticeiras apenas o instigaram ao dizer o que ele, em seu íntimo, já desejava: tornar-se rei. Além disso, elas nunca lhe sugerem o crime.
O conflito que conduz à ruína é que Macbeth, de fato, amava e admirava seu soberano. Ele não era um psicopata frio e ardiloso, mas um nobre guerreiro com valores morais. A tragédia se inicia confrontando seus atos heróicos na batalha contra os noruegueses, por um lado, com a traição do “impiedoso” Macdonwald e do Thane de Cawdor, por outro. Enquanto Macbeth executa o primeiro, o segundo_“traidor desleal e pérfido”_ é condenado à morte pelo rei que transfere o título de Thane de Cawdor a Macbeth,fazendo dele pelas suas provas de lealdade e coragem o seu predileto.
Após o crime, o arrependimento de Macbeth é imediato, pois já declara: “Conhecer o que fiz… Melhor me fora se não me conhecesse”. Até mesmo antes do ato, ele já prevê suas conseqüências, como se vê em seu solilóquio:
“Se feito fosse quanto fosse feito, seria bom fazermo-lo de pronto. Se o assassínio enredasse as conseqüências e alcançasse, com o fim, êxito pleno; se este golpe aqui fosse tudo, e tudo terminasse aqui em baixo, aqui somente, neste banco de areia da existência, a vida de após morte arriscaríamos. Mas é aqui mesmo nosso julgamento em semelhantes casos; só fazemos ensinar as sentenças sanguinárias que, uma vez aprendidas, em tormento se viram do inventor. Essa justiça serena e equilibrada a nossos lábios apresenta o conteúdo envenenado da taça que nós mesmos preparáramos”.
Outro aspecto trágico é que a cumplicidade num ato tão hediondo causa a separação de um casal que antes se amava. Cada um deverá expiar a sua culpa sozinho e a presença do outro passa a ser uma acusação.
Além da beleza poética, Macbeth nos abala por nos confrontar com uma possibilidade que existe em todos nós, uma sombra remota que nos habita. Ele representa a batalha entre o bem e o mal que se trava todos os dias na nossa consciência e aponta quão tênue é a distância entre a sanidade e a loucura, entre o heroísmo e o crime.
Thales Gonçalves, Fernando Sumita, Ricardo Casagrande e João Paulo Hahmed-acadêmicos do curso de medicina-FCS/UFGD-XIIa turma.
Elisabete Castelon Konkiewitz-médica neurologista e psiquiatra, professora adjunta da FCS/UFGD.
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Muito oportuno este ensaio. Trazendo informações da tragédia clássica, as quais têm embasamento na neurociências. Parabéns aos colaboradores.
Lúcio