Neuroestética aplicada à música: a apreciação da arte corresponde a princípios de organização neurobiológica (Parte 1)
Autores: Bianca Diana Alves, Nathaly Marianne da Cruz Lemes,Thaynara Fetsch Werner Silva e Thiago Vieira do Nascimento
Introdução
O conceito de estética possui um amplo espectro de definições, no entanto, ela pode ser considerada, sinteticamente, como o estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte. Por conseguinte, ela é responsável por estudar o julgamento e a percepção do que é considerado belo, assim como a produção de emoções pelos diferentes fenômenos estéticos (Duffles, 2006).
![Semir Zeki FMedSci FRS é um professor de neuroestética na University College London. Seu principal interesse é a organização do cérebro visual primata. Ele publicou seu primeiro trabalho científico em 1967. Desde então, já escreveu mais de 150 artigos e quatro livros: Splendours and Miseries of the Brain (2008), A Vision of the Brain (1993), Inner Vision: an exploration of art and the brain (1999) [que foi traduzido para seis idiomas] e La quete de l'essentiel, que ele escreve juntamente com o pintor francês Balthus (Conde Klossowski de Rola). Em 1994, ele começou a estudar as bases neurais da criatividade e da apreciação estética da arte. Em 2001, ele fundou o Instituto de neuroestética em Berkeley, Califórnia.](http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/wp-content/uploads/2013/06/Prof_Zeki_Portrait_picture_2011_WEB.jpg)
A neuroestética usa as diversas técnicas da neurociência para explicar e compreender as experiências estéticas no nível neurobiológico. O termo “neuroestética” foi criado por Semir Zeki em seu artigo “Art and the brain”, de 1999, e se refere ao estudo das bases neurais da estética. Em suma, a neuroestética se revela uma área muito promissora, a partir do momento em que, através dela, podemos ser capazes de entender os processos neurais que subjazem a experiência estética.
Como pioneiro na área da neuroestética, Semir Zeki relaciona elementos importantes da arte no cérebro, objetivando estabelecer relações entre as manifestações visuais/artísticas e suas relações com campos receptivos nas células do córtex visual.
Vilayanur S. Ramachandran et al propuseram as dez leis universais da neuroestética e sugeriram mecanismos neurais nos quais estas se baseariam. Apesar de não possuir comprovação empírica estabelecida, a proposta fornece um parâmetro para a compreensão do processamento cerebral do belo, em especial nas artes visuais.
A neuroestética defende que a percepção do belo obedece a leis universais que se relacionam com aspectos neurobiológicos do processamento de informações comuns a todos os homens (Ramachandran, 2008).
Obviamente a arte é um produto cultural e sua interpretação sempre sofrerá influências culturais. Por exemplo, a estatueta de uma deusa da fertilidade pode ter um caráter religioso local, no entanto, alguém que não pertença àquela comunidade e que consequentemente desconhece seu aspecto sacro, pode valorizar apenas a imagem e seus recursos de criação. O exagero das formas femininas é percebido por ambos, remetendo-lhes à percepção do belo. No entanto, para o estrangeiro não há conteúdo religioso que influencie no seu julgamento. Desta maneira, é importante ressaltar que as leis universais da estética não negligenciam a enorme importância da cultura na criação, na experiência e na interpretação da arte (Ramachandran, 2005).
Analogamente às artes visuais, a música também tem um alto poder de afetar nossas emoções e de transmitir sentimentos em todas as sociedades no decorrer dos tempos. A percepção da música dentro do que é considerado “agradável” ou não tem servido de critério para estudos do seu processamento cerebral (Andrade, 2004).
Este texto apresenta as dez leis universais da neuroestética e sugere possíveis aplicações das mesmas à percepção musical.
![Vilayanur Subramanian Ramachandran (nascido em 1951) é um neurocientista conhecido por seu trabalho nas áreas de neurologia comportamental e psicofísica visual. Ele é o diretor do Centro de Cérebro e Cognição e atualmente é professor do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Neurociências da Universidade da Califórnia, San Diego . Ramachandran é conhecido por seu uso de métodos experimentais que dependem relativamente pouco de tecnologias complexas, como neuroimagem. Apesar da aparente simplicidade de sua abordagem, Ramachandran tem gerado muitas idéias novas sobre o cérebro. Ele foi chamado de "O Marco Polo da neurociência", por Richard Dawkins e "o moderno Paul Broca", por Eric Kandel. [7] Em 1997 a revista Newsweek o nomeou como um membro do "The Century Club", uma das "cem pessoas mais importantes para se observar" no século 21. Em 2011 a revista Time o listou como uma das "pessoas mais influentes do mundo" na lista "Time 100". Ramachandran é autor de vários livros que têm recebido interesse do público geral. Estes incluem Phantoms In the Brain (1999) e, mais recentemente, The Tell-Tale Brain (2010).](http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/wp-content/uploads/2013/06/Ramachandran.jpg)
Ramachandran é conhecido por seu uso de métodos experimentais que dependem relativamente pouco de tecnologias complexas, como neuroimagem. Apesar da aparente simplicidade de sua abordagem, Ramachandran tem gerado muitas idéias novas sobre o cérebro. Ele foi chamado de “O Marco Polo da neurociência”, por Richard Dawkins e “o moderno Paul Broca”, por Eric Kandel. [7] Em 1997 a revista Newsweek o nomeou como um membro do “The Century Club”, uma das “cem pessoas mais importantes para se observar” no século 21. Em 2011 a revista Time o listou como uma das “pessoas mais influentes do mundo” na lista “Time 100”. Ramachandran é autor de vários livros que têm recebido interesse do público geral. Estes incluem Phantoms In the Brain (1999) e, mais recentemente, The Tell-Tale Brain (2010).
O cérebro visual
O cérebro visual consiste de vários sistemas de múltiplos estágios de processamento paralelo, sendo cada um especializado em uma determinada tarefa. A importância do cérebro visual na percepção estética passa a ser discutida a partir da publicação de Inner Vision: an Exploration of Art and the Brain (Zeki, 1999). O autor propõe que toda arte visual é expressa e recebida pelo cérebro e que, portanto, deve necessariamente seguir suas leis.
O sistema nervoso processa a informação visual tanto em sequência hierárquica como em paralelo (Farah, 2000; Zeki,1993; Van Essen, Feleman, DeYoe, Ollavaria & Knierman,1990). Os componentes seqüenciais de processamento visual podem ser classificados como visão inicial, intermediária e final (Marr, 1982). Visão inicial extrai elementos simples do ambiente visual, como cor, luminosidade, forma e movimento. Estes elementos simples são processados em partes diferentes do cérebro. A visão intermediária segrega a visão em alguns elementos e a agrupa em outros, convergindo informações que eram antes uma forma sensorial caótica. A visão tardia seleciona qual dessas informações são coerentes, reconhece os estímulos visuais em sua totalidade e simultaneidade (forma, cor, movimento, localização e orientação no espaço, dimensão) e evoca memórias a partir dos objetos vistos (Chatterjee, 2010).
A sequência hierárquica do processamento visual tem forte correlação com a percepção estética (Chatterjee, 2010). A forma é reconhecida pela visão inicial e intermediária, enquanto que o conteúdo é percebido pela visão tardia. Assim, em meio à diversidade de estímulos, a unidade, ou as unidades podem ser discriminadas.

O cérebro musical

O estilo de Beethoven tem características marcantes: grandes contrastes de dinâmica (pianissimo x fortissimo) e de registro (grave x agudo), acordes densos, alterações de compasso, temas curtos e incisivos, vitalidade rítmica e, em obras na forma-sonata, desenvolvimentos longos em detrimento de exposições mais concentradas.
Fonte: www.imcsouzacampos.com.br
A música apresenta em sua construção e forma características universais como: 1- Produção das Melodias (combinação sucessiva de notas através da qual reconhecemos uma música); 2- Percepção dos Intervalos (diferença de altura entre duas notas) consonantes e dissonantes que provocam respectivamente uma sensação psicoacústica agradável ou desagradável; 3- Organização das Notas Musicais em Escalas e sua Organização Temporal (metro e ritmo). Há registros de características semelhantes através das mais diferentes músicas nos fundamentos das melodias, intervalos consonantes/dissonantes, notas e métricas (Drake e Bertre, 2001).
O ser humano nasce com habilidades cognitivas biologicamente primárias que formam o esqueleto cognitivo, dentro do qual se formarão as habilidades biologicamente secundárias. Estas dependem da formação cultural e de treinamento. A percepção musical é uma habilidade biológica primária, ou seja, é inata, independe das circunstâncias culturais e ocorre como função cerebral, abrangendo muitas áreas e circuitos neurais.
Assim como no caso dos estímulos visuais, a música também é processada em paralelo e em série, havendo convergência de informações para centros de elaboração mais tardia, como o córtex dorsolateral pré-frontal (DLPFC).
O reconhecimento tonal ativa principalmente o hemisfério direito (Schuppert, 2000; Zatorre, 1999), mas também há participação de áreas linguísticas no hemisfério esquerdo e de áreas visuo-espaciais e motoras em ambos os hemisférios. Simultaneamente a música está associada às emoções, podendo provocar alegria, tristeza, melancolia, euforia, até respostas físicas, como arrepios, calafrios, lacrimejamento e tremores.
“Emoções musicais negativas (principalmente diante de música dissonante) ativam o giro parahipocampal e a amígdala e estão associadas à liberação de noradrenalina e a correlatos neurofisiológicos do comportamento de fuga ou medo. Emoções musicais positivas (principalmente diante de música consonante) ativam áreas cerebrais envolvidas no comportamento de recompensa/prazer, sistema mesolímbico e mesocortical com mediação dopaminérgica, como a área tegmental ventral do mesencéfalo, o nucleus accumbens e o córtex orbitofrontal”. (Panksepp, 2002)
Estudos comprovam que a música provoca mais emoções no ser humano do que a linguagem ou as artes visuais. Ela tem efeito imediato sobre as áreas subcorticais envolvidas no comportamento aversivo (de fuga), tal como o giro parahipocampal e a amígdala e sobre áreas que compõem o circuito de recompensa, como o sistema mesolímbico e o córtex orbitofrontal.
As leis universais da percepção estética aplicadas à música
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Lei da Constância-repetição, ritmo e ordem
Trata-se da habilidade do cérebro em absorver os dados de constância e as propriedades essenciais de um objeto, enquanto simultaneamente descarta propriedades dinâmicas irrelevantes. Esse processamento neurológico é atribuído à área do córtex visual V1 (córtex visual primário). O cérebro seria, em sua natureza, atraído por repetições e ritmos e estaria sempre procurando predizer padrões. Esta propriedade poderia ser conseqüência de uma adapta,ao evolutiva, fruto da necessidade do sistema visual em economizar processamento de informação (Ramachandran, 2008).
Aplicando esse princípio à acústica, ouvintes extraem em uma melodia os eventos sonoros repetidos com mais freqüência, pois estes atuam como ponto de referência cognitiva (Eerola et al., 2004). As propriedades estatísticas da música, como o numero de vezes em que são repetidos os tons/notas, produzem efeitos de familiaridade no ouvinte e contribuem para sua apreciação (Castellano et al. 1984).
Na partitura musical é utilizada a barra de repetição. Esta funciona como uma forma convencionada de sinal para que o músico repita um determinado trecho. O resultado de sua aplicação é a sensação de familiaridade com a melodia devido à freqüência de execução. Como por exemplo, na composição Fur Elise, de Ludwig van Beethoven, fica evidente a aplicação deste recurso, fazendo com que a melodia ressoe de forma mais agradável.
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Lei da Abstração ou do Agrupamento-resolvendo um problema perceptual
O cérebro tem uma capacidade limitada de armazenamento de informações, de forma que, para utilizar seus recursos de maneira econômica, procura sempre abstrair a partir de informações complexas um padrão, reduzindo e condensando o conteúdo a ser retido. É bem conhecida, principalmente nas áreas da Física, Matemática e Filosofia, a necessidade e a satisfação humana em desvendar assuntos complexos, transformando-os em algo mais simples e universal (Hudson, 2011). A simplificação e a dedução “daquilo que está por trás” e é o elemento comum dentro da diversidade nos possibilita compreender mundo que nos cerca e facilita a nossa adaptação a ele.


No caso da apreciação musical, é possível que o cérebro, ao extrair e reconhecer um padrão abstrato a partir de múltiplos estímulos, passe a perceber a sua beleza. O desempenho cognitivo em decifrar e decodificar a estrutura básica que domina a composição leva à experiência de harmonia e prazer no ouvinte.
3. Princípio do Deslocamento de Pico
A Lei do Deslocamento de Pico trata da resposta de satisfação do cérebro a estímulos exagerados. Nas artes visuais, a distorção da imagem pelo exagero de formas ou de cores, facilita a percepção do que é mais importante e contribui para a apreciação estética. Por exemplo, uma imagem feminina com mamas desproporcionalmente salientes e a face mal definida não seria realista, na realidade seria uma desfiguração, mas que, justamente por este motivo, estaria direcionando o cérebro do observador ao reconhecimento do foco. Neste caso, o destaque seria a essência da feminilidade representada pelas mamas e não as características particulares de uma determinada mulher.



Experimentos com animais sugerem que a satisfação diante de estímulos intensificados é uma característica neurobiológica compartilhada com outras espécies.
No paradigma de deslocamento de pico, o animal é primeiramente submetido a um treino, no qual seu comportamento é modificado após exposição a um estímulo positivo (uma imagem), associado a uma recompensa (alimento). Quanto mais exagerado, distorcido e distante da realidade for esse estímulo, maior será a reação a ele. Essa amplificação das diferenças, ressaltando a parte atrativa da imagem, facilita o seu reconhecimento visual e exacerba a resposta do observador (Ramachandran, 2008, 2010).
De uma forma muito semelhante funciona o paradigma de “padrão de estímulo ultranormal”. Neste caso, utiliza-se uma resposta comportamental inata, substituindo o estímulo do ambiente natural por outro artificial, no qual apenas o detalhe pontual que dispara o comportamento inato é amplificado. Esta deformação causa aumento da resposta no animal (Ramachandran, 2008, 2010).
Na apreciação musical, o descolamento na acústica se faz pela variação ou pela alternância de extremos, como, por exemplo, através da mudança da velocidade de execução, ou do aumento gradativo de volume. Esse exagero intensifica a percepção do ouvinte, intensificando a sensação de satisfação. Assim, justamente a distorção do trivial, a amplificação das disparidades torna a melodia atrativa (Hudson, 2011).
Na composição Pathetiqué de Ludwig van Beethoven ocorre uma transição de intensidade sonora. De início, a música possui uma característica forte, de expressão vibrante devido à força que o pianista impõe às teclas. Isso faz com que som soe mais alto, no entanto, no decorrer da execução, essa vibração forte oscila, chegando ao extremo oposto, ou seja, à suavidade.
Ludwig van Beethoven é um mestre do Deslocamento de Pico, recurso este evidente em várias de suas obras, como na 9ª Sinfonia.
[Texto continua com a Parte 2, para acessar clique aqui]
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Bianca Diana Alves, Nathaly Marianne da Cruz Lemes, Thaynara Fetsch Werner Silva e Thiago Vieira do Nascimento – graduandos do curso de Medicina – XII turma – Faculdade de Ciências da Saúde – UFGD.
Anexo:
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