I Semana do Cérebro: uma neuraventura sensorial


I SEMANA DO CÉREBRO: uma neuraventura sensorial 

Rio de Janeiro – 26 e 27 de março de 2010

Realização: Ciências e Cognição; Núcleo de Divulgação Científica e Ensino de Neurociências (NuDCEN); Espaço Ciências Viva (ECV)


Temática:
Trata-se de uma iniciativa de âmbito regional voltada para conscientização de alunos, pais e professores de ensino fundamental e médio para a importância do estudo das neurociências. Tem por meta estimular a curiosidade de alunos e pais, auxiliar a despertar vocações e fornecer recursos para que professores do ensino fundamental e médio possam levar o tema “neurociências” para a sala de aula.

Formato:
O evento compreendeu exposições (peças anatômica, painéis, instalações), atividades lúdicas e culturais relacionadas com as neurociências (Laboratório Aberto; Contadores de Histórias; jogos), conferências, ciclo de palestras e Fórum de Educação em Ciências (para professores do ensino médio e fundamental). Atingiu um amplo espectro de agentes com atividades direcionadas a alunos (crianças e jovens) e profissionais da educação (ensino fundamental e médio), bem como outros interessados (pais e comunidade em geral). Foram recebidas variadas de escolas do Rio de Janeiro e municípios vizinhos atingindo mais de 1.000 alunos. 

Os eventos da I Semana do Cérebro: uma NeurAventura Sensorialforam abertos ao público e ocorreram no Espaço Ciência Viva, localizado na Av. Heitor Beltrão, 321 – Esquina de Rua Pareto, Praça Saens Pena – Tijuca – Rio de Janeiro – RJ, das 09:30 às 17:00.

 

instalações

Haverá exposição das seguintes instalações artístico-científicas:

  • SOM DO TEMPORAL
  • IN-V3RSO UNI-V3RSO
  • SENTIDO

Resumo das Instalações:

SOM DO TEMPORAL (TEMPORAL SOUND), de Maira Froes 

(Imagem: Hitch, de Alan Verissimo Azambuja; Fotografia: Rodrigo Méxas)

Resumo : Através peças selecionadas de audiovisual desenvolvido por nosso grupo, convidamos o público para atravessar as portas da nossa paixão, nossos sentidos biológicos. Peças anatômicas post-mortem são contextualizadas na anatomia artística (preparações anatômicas, esculturas, vídeo-arte, technoarte, e fotografia artística) e cenografia (banda cenográfica – teatro escuro) de modo a incorporar a nossa unidade cognitiva, atravessando os diferentes níveis do nosso pensamento lógico. Focada no sistema auditivo humano, nesta exposição o público vai ser confrontado com uma aproximação dos nossos principais sistemas de percepção, no campo anatômico, estético e lógico. O paradigma transdisciplinar aqui adoptado simboliza, provocativamente, a incursão humana em todos os níveis de percepção primária até elaborações cognitivas associativas. Usando uma representação metafórica, objetivamos fornecer pontos atrativos para o reconhecimento de nós mesmos em nossa passional leitura do mundo. Em um quadro conceitual mais amplo, acreditamos que uma viagem consciente através de nossos sistemas sensoriais, combinando peças do corpo humano com um forte tratamento estético, pode oferecer uma experiência cognitiva complexa, porém agradável, tradicionalmente excluída da esfera acadêmico-científica formal.

Abstract : Through audiovisual selected pieces developed by our group, we invite the audience to cross the doorways of our passion, our biological senses. Post-mortem anatomical pieces are contextualized in artistic anatomy (anatomical preparations, sculptures, video art, techno art, and artistic photography) and scenography (scenographic band – dark theater) so as to embody our cognitive unity, traversing different levels of our logical thought. Focused on the human auditory system, in this exhibition the audience will be faced with a mirror-like approach to one of our main perceptual systems on anatomical, aesthetic and logical grounds. The transdisciplinar paradigm herein adopted symbolizes, provocatively, the human incursion throughout primary perceptual levels up to associative cognitive elaborations. Using a metaphoric representation, we aimed to provide attractive points for recognizing ourselves in our passional reading of the world. In a broader conceptual framework, we believe that a conscious journey through our sensory systems, combining to human body pieces strong aesthetic treatments, might offer a complex, albeit pleasant, cognitive experience traditionally precluded by our formal scientific academies.

Participações: Maira Fróes (Coordenação Geral), Fernando de La Rocque (Curadoria e Direção Geral de Arte), Nivaldo Rodrigues Carneiro (Direção Acadêmica de Arte), Cecilia Hedin Pereira (Direção Adjunta de Pesquisa), Alan Verissimo Azambuja (Direção Técníca e Tecnoarte), Frank Albraz (Direção Musical), Rodrigo Méxas (Direção Fotográfica). Alunos envolvidos: Carolina Gomes da Costa, Ludmilla Silva Melo Passos, Ellen Ricardo Nunes, Grazielle Ribeiro Lisboa, Dandara Silva de Oliveira, Rafaelle Barros Rodrigues, Liliane Carneiro da Silva Caldas Otsuka*, Dirceu da Silva Oliveira* e Mario Rezende Travassos do Carmo*, Estevão Fróes Ferrão*. Demais colaboradores: Suzanne Queiroz (Docente ICB/UFRJ), Genaro Amaral de Barros, Mario Ary Pires Neto (Docente ICB/UFRJ). * Bolsista do Programa de Bolsas de Extensão PIBEX/UFRJ 2009 (MMF).

IN-V3RSO UNI-V3RSO , de Glaucio Aranha

Resumo : Poema-instalação. A leitura e o espaço da leitura. O entendimento do dispositivo estabelece uma combinação aditiva em relação ao texto, transformando-o em enigma. O “saber como se pensa” da ciência viabiliza a percepção dos modos de superação do obstáculo cognitivo imposto pelo canal, ou seja, pelo meio de transmissão do conteúdo. Nossa percepção revela caminhos alternativos para executar a leitura, desvendando e explorando a parte física e objetiva do texto. Nosso cérebro completa informações, fazendo-nos ver palavras onde existe apenas emaranhado de letras e números. O “pensar como se sabe”, a consciência, é o resultado da própria experiência do leitor, sua reflexão sobre a experiência de construção do sentido. Por fim, “pensar como se sabe o que se pensa” é a proposta última do texto: problematizar a fronteira entre o “conhecer” e o “conhecimento”.

SENTIDO, de Glaucio Aranha

Resumo: Poema-instalação. “Definir” é buscar a explicação mais exata possível. “Conceituar” é buscar uma representação de algo. “Sentido” trabalha esteticamente o conceito do objeto que lhe serve de título, tentando articular as suas múltiplas significações: atributo dos órgãos sensoriais (sentido químico [olfato], auditivo, visual e tátil), experiência relacionada ao verbo “sentir” (“haver sentido algo”), orientação espacial (sentido como direção) e exercício cognitivo (significação, “fazer sentido”). Para tanto, a opção pela fusão entre literatura e ciência na forma de uma instalação, busca fazer com que a mensagem se liberte da palavra escrita, agregando aspectos sensoriais como parte inseparável do próprio texto.

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