Tecnologia educacional e prospecção de cenários para a formação docente pós-pandemia

O vídeo “Ensino Remoto Emergencial no Brasil: expectativas sobre a tecnologia educacional e prospecção de cenários para a formação docente” é o registro da apresentação do Prof. Dr. Luiz Augusto Coimbra de Rezende Filho (UFRJ), durante o evento bilingue ‘XVI Congress of Brazilian Studies Association (BRASA).

Assista o vídeo no canal Ciências e Cognição [Youtube], link https://youtu.be/PKVQLUNPoVE

RESUMO: A pandemia de coronavírus provocou, no mundo, a intermitência das atividades escolares presenciais. Em resposta, os setores educacionais adotaram medidas e políticas que se direcionaram para o Ensino Remoto Emergencial, na expectativa de sanar o problema. Neste estudo, identificamos, nas ações empreendidas pelas secretarias estaduais de educação, no Brasil, como se deu o deslocamento mandatório do ensino presencial para o ensino remoto. D4scutem-se também algumas de suas consequências mais imediatas e gerais para a educação brasileira. O estudo possui três eixos investigados: 1) análise de videoaulas; 2) investigação sobre formação continuada de professores para a produção de vídeos para a urgência da modalidade remota; e 3) identificação de orientações das secretarias estaduais para o uso de filmes para ensinar. A coleta de dados ocorreu nas páginas virtuais de todas as Secretarias Estaduais de Educação do Brasil e do Distrito Federal, e nos documentos oficiais nelas disponibilizados nos primeiros meses de ensino remoto no Brasil. Os resultados apontam uma visível precarização do ensino pelas medidas adotadas que, ainda que transitórias, esbarraram em problemas estruturais de acesso à tecnologia, de uso reflexivo das ferramentas tecnológicas e de formação para tal. No primeiro eixo investigativo, é possível notar que a maior parte das videoaulas seguem o modelo tradicional de ensino, já que o professor apresenta o conteúdo através do vídeo, em um sentido unilateral. No segundo eixo, identificou-se que há poucas secretarias que se propõem a subsidiar uma formação continuada para os professores produzirem suas próprias videoaulas. Quando isso acontece, a proposta tem clara ênfase instrucional-técnica. No último eixo investigativo, percebeu-se faltarem instruções mais detalhadas aos professores sobre o uso de filmes e vídeos como suporte pedagógico, no que diz respeito justamente à integração desses materiais às aulas remotas ou ao planejamento de ensino. As análises aqui empreendidas resultam de um olhar prelimitar sobre o quadro inicial de instauração do ensino remoto no Brasil. Pesquisas futuras podem ajudar a compreender esse fenômeno como processo de readequação e adaptação; se propostas formativas foram pensadas posteriormente para os professores; e se a experiência oferecida pelo ensino remoto produziu mudanças permanentes ou transitórias no ensino presencial.

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