Trabalhos de membros do “Ciências e Cognição” no “10º Congresso de Extensão da UFRJ”

“4ª Semana de Integração Acadêmica da UFRJ”, realizada entre 30 de setembro e 04 de outubro, visou mostrar os resultados de programas e projetos de extensão da universidade em andamento ou concluídos. Dessa forma, houve debate e reflexão sobre a extensão universitária, bem como sobre a contribuição dela na formação cidadã dos estudantes de graduação.

Dentro da Semana, juntamente da “V Jornada de Pesquisa e Extensão da UFRJ-Macaé” e da “XXXV Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural” (JICTAC-2013), também aconteceu  o “10º Congresso de Extensão”. O Ciências e Cognição foi representado por alguns de seus membros. Confira os resumos de cada apresentação oral:

  • INFORMACIONALIZAÇÃO DE CONTEÚDO DE REVISTA DE NEUROCIÊNCIAS PARA  O PADRÃO SCIELO:

Unidade: Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho – IBCCF

Centro: Centro de Ciências da Saúde – CCS

Coordenador: Alfred Sholl Franco

Autores: Cláuvin Erlan José da Costa Curty de Almeida e Glaucio Aranha Barros

Ciências e Cognição – Núcleo de Divulgação Científica e Ensino de Neurociências (CeC-NuDCEN) tem, dentre suas ações de difusão científica, em parceria com a Organização Ciências e Cognição (OCC), a manutenção e operacionalização do periódico científico “Ciências & Cognição” (ISSN 1806-5821), um veículo de comunicação científica para publicação online de artigos científicos originais, revisões da literatura, ensaios e resenhas críticas, com periodicidade quadrimestral. Esta ação promove a comunicação científica das ciências cognitivas para o público acadêmico. O periódico está avaliado em vários comitês da QUALIS/CAPES como B2 (p.e. Interdisciplinar, Ensino de Ciências, Psicologia, Educação e Administração). Para ampliar e melhorar sua indexação, iniciamos a aplicação da formatação pela metodologia SciELO (Scientifical Eletronic Library Online – Biblioteca Eletrônica Científica Online) de periódicos, incluindo no banco de dados do Index PePSIC/SciELO. Tal ação requer que os volumes da revista sejam formatados para um padrão específico desta base de dados. Neste sentido, buscamos diminuir o tempo e o esforço de formatar os volumes da revista (mais de 36 volumes), investindo na “informacionalização” do processo de formatação.

Desta forma, foi estabelecido um planejamento por etapas a serem automatizadas para um processamento mais rápido e eficaz, otimizando o trabalho e acelerando o processo de conversão dos artigos para o padrão SciELO. Analisamos o tempo necessário para a formatação manual segundo os padrões da SciELO, através de um programa conversor de .doc para .html de cada um dos artigos que compõem o vol. 3 da revista. Após isso, desenvolvemos um programa para criar pastas para os volumes a serem formatados; conversão dos arquivos .docx para .html e retirada dos arquivos de imagem e .xml com informações a respeito das mesmas; dos nomes das imagens e arquivos; dos arquivos .html para .html de acordo com a SciELO, usando um sistema de expressões regulares; apagar os arquivos desnecessários e mostrar indicações de possíveis erros e bugs na criação e formatação. Utilizamos a linguagem Python, devido à sua capacidade de compilação praticamente instantânea e pela modularidade da linguagem.

Os resultados principais foram: 1) uma queda de 90% no tempo necessário para preparar um volume da revista, de 30 dias para 5 dias, o que possibilita uma imensa economia de tempo, esforço e pessoal para uma tarefa recorrente a cada três meses. Foi colocado em prática o uso da computação como ferramenta para agilizar e otimizar tarefas e para melhor aproveitamento de pessoal, tendo em vista que o tempo economizado pode ser usado para outras ações deste projeto, como visitas às escolas, criação de material didático e cursos para formação continuada, o que demonstra a importância de pequenos programas que fazem grandes diferenças.

REFERÊNCIA PARA CITAÇÃO: Almeida, C.E.J.C.C. & Aranha, G.B. (2013). Informacionalização de Conteúdo de Revista de Neurociências para o Padrão Scielo [Resumo]. Em: 10º Congresso de Extensão da UFRJ, Anais (p. 35). Rio de Janeiro.

  • O USO WEBCOMIC EM UMA NARRATIVA TRANSMÍDIA PARA O ENSINO DE NEUROCIÊNCIA

Unidade: Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho – IBCCF

Centro: Centro de Ciências da Saúde – CCS

Coordenador: Alfred Sholl Franco

Autores:  Fellipe de Albuquerque Rodrigues, Glaucio Aranha Barros e Rodrigo de Azevedo Fernandes

Observando a crescente utilização de novas mídias em sala de aula, foi elaborado o projeto NeurAventura, visando o desenvolvimento de ferramentas não-formais para o ensino-aprendizagem de conteúdos de neurociências para crianças e adolescentes. Como um todo, este projeto envolve a produção de uma narrativa transmídia composta por história em quadrinhos, jogo eletrônico, redes sociais (Twitter, Facebook), blog e outros recursos midiáticos. Cada parte da história está distribuída em uma mídia diferente e juntas formam um grande arco de histórias. A temática de neurociências tem por meta expor o leitor a conceitos, terminologias e técnicas neurocientíficas, promovendo a familiarização e despertando a curiosidade, bem como desfazendo os arquétipos normalmente relacionados com o fazer científico. O presente trabalho trata da webcomic “Crônicas da Resistência”.

A webcomic é uma história em quadrinhos feita para ser lida na internet (web). O primeiro volume ganhou também uma versão impressa, embora o escopo seja a divulgação online. O enredo trata de um futuro distópico, em que toda sociedade é controlada por nanorobôs implantados no sistema nervoso das pessoas, e um grupo de resistência luta para libertar a humanidade desta ameaça. A escolha pelo uso de história em quadrinhos (narrativa figurada) resulta de uma tentativa de estabelecer um diálogo com o leitor (aluno) a partir de mídias culturalmente relacionadas com seu paradigma. A webcomic apresenta por meio de recursos verbais e imagéticos conceitos relacionados com as neurociências, tais como: amnésia, alcoolismo, sistema nervoso, sinapses, tomógrafo e outros.

A narrativa está articulada com a estória do jogo eletrônico (“Comando Imuno”), as veiculadas pelo twitter (@gustavofrancoRJ, @RebekaAssisRJ, @alexalbuquerqu8, @EduardoCostaSP), pelo site http://www.cienciasecognicao.org/neuraventura/ e outros. Utiliza linguagem visual alinhada com a do público-alvo, recorrendo a traços de cartoon. A webcomic busca trazer elementos do vocabulário científico com o fim de exposição e familiarizar para o aluno, formando informações que atuarão como subsunsores no processo de aprendizagem. Assim, cria-se uma ponte entre o universo do aluno e o universo científico, fornecendo ao aluno referências para construção da sua própria visão dos conteúdos de neurociências e do fazer científico como uma atividade de descoberta. A webcomic foi testada durante visitações do Museu Intinerante de Neurociências (MIN), dentro do módulo “Clube de Arte-Ciência”. A produção de outros volumes da webcomic já está em andamento. Apoio Financeiro: Organização Ciências e Cognição, FAPERJ, UFRJ.

REFERÊNCIA PARA CITAÇÃO: Barros, G.A., Fernandes, R.A., Rodrigues, F.A. (2013). O uso da Webcomic em uma Narrativa Transmídia para o Ensino de Neurociência [Resumo]. Em: 10º Congresso de Extensão da UFRJ, Anais (p. 159). Rio de Janeiro.

  • PRODUÇÃO DE NARRATIVAS TRANSMÍDIAS PARA O ENSINO DE NEUROCIÊNCIAS

Unidade: Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho

Centro: Centro de Ciências da Saúde

Coordenador:Alfred Sholl Franco

Autores:   Cláuvin Erlan José da Costa Curty de Almeida, Fellipe de Albuquerque Rodrigues, Glaucio Aranha Barros e Rodrigo de Azevedo Fernandes

O NeurAventura é um projeto composto por um conjunto de produtos transmídias desenvolvidos, por Ciências e Cognição – Núcleo de Divulgação Científica e Ensino de Neurociências (CeC-NuDCEN) em parceria com a Organização Ciências e Cognição, que busca o desenvolvimento de ferramentas para o ensino de conceitos básicos de neurociências para um grupo demográfico jovem de estudantes, utilizando narrativa e mídias que dialoguem diretamente com eles, como quadrinhos, redes sociais e jogo eletrônico, ao mesmo tempo em que promove a familiarização de conteúdos de neurociência, com o fim de ampliar o mapa de subsunçores a serem resgatados mais tarde no ensino formal. Investe, assim, na atmosfera lúdica e na experiência estética como estratégia de ensino. Uma preocupação estudada para a produção de material que criasse interesse no público foi a estética do material, ocorrendo diferentes estudos e conceitos até chegar a uma produção que soasse satisfatória e refletisse o campo de interesses do educando.

Durante a produção do material foram percebidas e aprimoradas as ferramentas utilizadas pelo projeto, por exemplo: foi percebido que seria mais eficiente a produção de histórias em quadrinhas mais curtas do que a primeira produzida para que o conteúdo pudesse ser lido mais rapidamente; dentro da questão de construção de narrativa, e criação de ambiente dentro dela, estão sendo utilizados diferentes desenhistas para trabalhar nas cenas ligadas a diferentes núcleos de personagens e, consequentemente, diferentes focos. O projeto está em andamento e já produziu uma história em quadrinhos (NeurAventura: crônicas da resistência), um vídeo game (Comando Imuno), um hipertexto (Dossiê: Nora), um Site (http://cienciasecognicao.org/neuraventura/), com texto e personagens produzidos já pelos alunos em intercessão com o projeto, e páginas em redes sociais (Twitter para os personagens da narrativa e página no facebook). Em andamento estão: vídeos, animações, áudios, além dos desdobramentos das mídias já desenvolvidas. O conteúdo se destina à integração e distribuição gratuita para a rede de ensino. O playtest envolveu sua aplicação, durante 2012, na instituição de ensino CIEP 178 João Saldanha, no município de Belford Roxo, bem como ações integradas às atividades do Museu Itinerante de Neurociências (MIN) e do CeCNuDCEN/UFRJ, em escolas do estado do Rio de Janeiro. Apoio Financeiro: Organização Ciências e Cognição, FAPERJ, Instituto Claro, MEC/Sesu, UFRJ

REFERÊNCIA PARA CITAÇÃO: Almeida, C.E.J.C.C., Aranha, G.B., Fernandes, R.A., Rodrigues, F.A. (2013). Produção de Narrativas Transmídias para o Ensino de Nurociências [Resumo]. Em: 10º Congresso de Extensão da UFRJ, Anais (p. 160). Rio de Janeiro.

  • PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA O ENSINO DE NEUROCIÊNCIAS. 

Unidade: Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho

Centro: Centro de Ciências da Saúde

Coordenador: Alfred Sholl Franco

Autor: Clarisse da Silva Baptista

Os materiais didáticos pedagógicos são importantes ferramentas que auxiliam nos processos de ensino e de aprendizagem, uma vez que podem assumir papel instrucional para a consecução de atividades educacionais. Neste sentido, objetos concretos podem auxiliar estimulando nossa aprendizagem através das características do tato e da visão criando, dessa forma, uma representação mental do conhecimento a ser adquirido. Temos maior sensibilidade tátil nas mãos e dedos, o que explica a manipulação de objetos para a exploração das informações.

Com o objetivo de facilitar a transmissão de conhecimentos em ciências, produzimos vários matérias didáticos que foram utilizados em oficinas práticas para a popularização e o ensino de neurociências, tais como: miniaturas de cérebros de gesso (incluindo os moldes para produção destes) para que fossem pintados pelos estudantes; capacete do cérebro para montar com indicativos Didáticos das regiões e respectivas funções; conjuntos de texturas para o ensino da discriminação e adaptação sensorial e um conjunto de materiais para o ensino do Método Braille (utilizando placas de isopor, tampas, EVA e cabeças de alfinete), dentre outros. Esses materiais didáticos foram utilizados nas visitações do Museu Itinerante de Neurociências (MIN) em espaços formais e não-formais de ensino do Rio de Janeiro e região metropolitana e alguns estão disponíveis online como recursos didáticos para sala de aula no sitio www.cienciasecognicao.org/min.

Assim, a partir da apresentação de peças anatômicas plastinadas, os estudantes e o publico em geral puderam explorar a anatomia e divisões funcionais dos hemisférios cerebrais utilizando o “cérebro de gesso” e o capacete do cérebro, onde conceitos como estrutura, organização e funcionamento do sistema nervoso, principalmente no que se refere a lateralização funcional e dominância hemisférica pode ser explorado através destas ferramentas didáticas. O trabalho com canetas e texturas, aliado ao de modelos de “células” (placas de isopor padronizadas com seis furos e tampinhas, ou placas de EVA e cabeças de alfinete) representando as unidades de codificação do Braille, instigam e auxiliam no aprendizado da leitura e escrita em Braille, uma vez que estes recursos didáticos exploram e demonstram os conteúdos relacionados com a nossa capacidade de descriminação/adaptação tátil.

Concluindo, verificamos que o uso destes recursos contribui para a transmissão de conteúdos específicos, bem como para o aprendizado de um novo método de codificação para a leitura/escrita. Nossos resultados mostram que a utilização destes materiais ajuda na transmissão e compreensão de conceitos complexos, contribuindo para o aprendizado, que se torna mais eficaz e significativo. Apoio Financeiro: Organização Ciências e Cognição, FAPERJ, MEC/Sesu, UFRJ.

REFERÊNCIA PARA CITAÇÃO: Batista, C.S. (2013). Produção de Material Didático para o Ensino de Neurociências [Resumo]. Em: 10º Congresso de Extensão da UFRJ, Anais (p. 162). Rio de Janeiro.

  • MUSEU ITINERANTE DE NEUROCIÊNCIAS: TRÊS ANOS DIVULGANDO E POPULARIZANDO AS NEUROCIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO E NA REGIÃO DO GRANDE RIO.

Unidade: Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho

Centro: Centro de Ciências da Saúde

Coordenador: Alfred Sholl Franco

Autores: Glaucio Aranha Barros, Felippe Fonseca da Silva Serra, Kristini Jennefer Coura, Nayara Ayres Wyatt Velloso da Silva, Nilcilene Cristina da Silva, Talita da Silva de Assis, Tatiana Maia Barreto e Thiago Ladislau dos Santos                                        

O Museu Itinerante de Neurociências (MIN) é uma ação itinerante criada em 2009 por Ciências e Cognição – Núcleo de Divulgação Científica e Ensino de Neurociências (CeC-NuDCEN), Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro, em colaboração com a Organização Ciências e Cognição (OCC). Tem por objetivo promover a difusão e popularização das neurociências para o público em geral e escolas da região metropolitana do Rio de Janeiro. Buscamos a interação entre os saberes produzidos e transmitidos no meio universitário e a sociedade.

As atividades do MIN agregam participantes provenientes da várias instituições (UFRJ, OCC, UFF, FIOCRUZ, ECV, UERJ, UNESA, UNIGRANRIO, UCB, etc.) e profissionais liberais que aplicam seus conhecimentos em benefício da sociedade. O MIN conta com dois coordenadores e uma equipe de monitores voluntários, que atuam em conjunto com o pessoal permanente da OCC, promovendo ações de difusão científica em espaços formais (escolas de ensino básico) e não-formais de ensino durante todo o ano. Para atuar nos eventos, os monitores recebem treinamento prévio sobre conteúdos básicos de neurociências e sobre conteúdos relacionados às oficinas práticas nas quais estarão envolvidos.

O MIN tem como principais ações a “Semana do Cérebro” e o “Dia do Cérebro na escola”, eventos que reúnem: (1) o Laboratório Aberto de Práticas, composto por diversas oficinas práticas; (2) palestras temáticas para professores, alunos e/ou público em geral; (3) exposições de Arte e Ciências. A cada ano a temática central dos eventos é renovada, o que estimula a criação de novas oficinas e palestras para o primeiro evento realizado sempre em março e que serve como base para todas as ações desenvolvidas ao longo do ano. Os temas já abordados foram: “Uma NeurAventura Sensorial” (2010), “Desvendando a Memória” (2011), “Viajando na Linguagem” (2012) e “São tantas Emoções…” (2013).

Em 2010, o MIN realizou 6 ações atendendo a um público de 2.920 pessoas. Em 2011, 5.423 pessoas participaram das ações. Em 2012, tivemos um aumento no número de ações e atingimos um público total de 7.256 pessoas. As ações têm inicio sempre em março com a Semana do Cérebro e terminam em outubro/novembro com a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Em setembro, é lançado o edital de visitas para o ano seguinte, podendo escolas e espaços não-formais se inscrever para a seleção das visitações do “Dia do Cérebro na escola” que ocorrerão no ano seguinte.

Este conjunto de atividades tem confirmado o grande interesse da população e, em particular, do público escolar para as neurociências, o que é reforçado pela crescente demanda registrada na pagina do MIN (www.cienciasecognicao.org/min), onde temos disponíveis o calendário de ações e os materiais didáticos produzidos pelo projeto. Apoio Financeiro: OCC, FAPERJ, MEC/Sesu, UFRJ.

REFERÊNCIA PARA CITAÇÃO: Aranha, G.B., Assis, T.S., Barreto, T.M., Coura, K.J., Santos, T.L., Serra, F.F.S., Silva, N.C., Wyatt, N.A.V.S. (2013). Museu Itinerante de Neurociências: três anos Divulgando e Popularizando as Neurociências no Município do Rio de Janeiro e na Região do Grande Rio. [Resumo]. Em: 10º Congresso de Extensão da UFRJ, Anais (p. 157). Rio de Janeiro.

  • DESENHANDO EMOÇÕES: APURANDO O RECONHECIMENTO DE EXPRESSÕES FACIAIS ATRAVÉS DO DESENHO

Unidade: Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho

Centro: Centro de Ciências da Saúde

Coordenador: Alfred Sholl Franco

Autores: Glaucio Aranha Barros e Scarlet Guedes Alvares de Oliveira

Comunicar-se é de fundamental importância para os seres humanos, sendo as expressões faciais (EF) nossa primeira forma de comunicação. Neste sentido, reconhecer e expressar emoções são atitudes universais adquiridas naturalmente, mas que requerem um determinado reforço para o desenvolvimento de outras áreas ligadas à expressão dos nossos comportamentos. Nosso objetivo foi estimular o reconhecimento das emoções através do ato de desenhar EF.

Utilizamos o desenho como veículo para a expressão e identificação dos diferentes estados emocionais e desenvolvemos uma oficina prática aplicada no Clube de Arte-Ciência durante visitações a espaços formais e não-formais de ensino no Rio de Janeiro e região metropolitana. Para a criação da oficina, foram realizados estudos sobre anatomia facial, expressões, proporção da face, bem como sobre a metodologia a ser aplicada. A oficina foi dividida em sessões de 30 min e contou com participação de 6 crianças por sessão. Foram utilizados quadros brancos e canetas coloridas para a explicação do conteúdo e as crianças trabalharam com papel, lápis, borrachas e giz de cera. Durante a oficina “desenhando emoções”, as crianças respondiam facilmente quando era perguntado o que caracteriza um rosto que esboçasse as 6 emoções básicas (alegria, tristeza, nojo, surpresa, raiva e surpresa). Não explicaram em detalhes, mas as características principais, tais como sorriso, boca aberta e olhos cerrados foram citadas corretamente.

Durante a oficina, as crianças passaram por uma série de processos até desenharem as EF. Primeiramente, questionamos como sabiam que alguém estava triste ou feliz. As respostas foram: “Quando as pessoas estão felizes elas sorriem” ou “ Quando as pessoas estão tristes elas ficam com as sobrancelhas baixas e os olhos quase fechadinhos”. A seguir, elas foram instruídas a mostrarem como fica um rosto triste ou alegre e a observarem o rosto do colega ao lado. Conforme faziam o que era solicitado foram mostradas outras características faciais como: a elevação das sobrancelhas, o formato das maças do rosto em uma face sorridente e como os olhos acompanhavam esse movimento ou ainda como o nariz se franzia em um rosto enfurecido.

Em seguida, começamos a construção de desenhos de rostos e seus elementos (olhos, nariz, boca, sobrancelhas). Depois, ensinávamos diferentes estilos de desenhos, de forma a deixar livre a escolha e a criatividade a partir das noções básicas. Os nossos resultados mostraram que em muitos dos desenhos era possível ver o acréscimo de detalhes importantes para o reconhecimento das EFs. Contamos com grande interesse do público, incluindo jovens e adultos. Concluindo, esta oficina mostra que estimular a observação e exteriorização das EF através de desenhos explora e reforça a sua percepção e a sua forma de expressar. Apoio Financeiro: OCC, FAPERJ, MEC/Sesu, UFRJ.

REFERÊNCIA PARA CITAÇÃOAranha, G.B. & Guedes, S.A.O. (2013). Desenhando Emoções: Apurando o Reconhecimento de Expressões Faciais Através do Desenho [Resumo]. Em: 10º Congresso de Extensão da UFRJ, Anais (p. 158). Rio de Janeiro.

  • IV SEMANA DO CÉREBRO DO RIO DE JANEIRO: ARTICULAÇÃO ENTRE ESPAÇOS FORMAIS E NÃO FORMAIS DE ENSINO A FAVOR DA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

Unidade: Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho

Centro: Centro de Ciências da Saúde

Coordenador:Alfred Sholl Franco

Autor(es): Glaucio Aranha Barros, Talita da Silva de Assis e Tatiana Maia Barreto

 A Semana do Cérebro (Brain Awareness Week) é um evento anual, realizado internacionalmente durante o mês de março desde 1995. No Brasil, a Organização Ciências e Cognição (OCC) e o Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF/UFRJ), através de Ciências e Cognição – Núcleo de Divulgação Científica e Ensino de Neurociências (CeCNuDCEN, www.cienciasecognicao.org), foram pioneiros em organizar este tipo de ação, em 2010. A partir desta 1a. ação no Rio de Janeiro, houve o estímulo para o desenvolvimento de atividades em todo o Brasil.

Em 2013, entre os dias 12 e 16 de março, realizamos no Rio a “IV Semana do Cérebro: São Tantas Emoções…”, que, repetindo o sucesso dos anos anteriores, contou com a parceria de várias instituições de ensino e divulgação científica, dentre elas: UFF, Fiocruz, UERJ e ECV. Nesta 4a. edição, tivemos atividades em diferentes pontos do Rio de Janeiro (Centro de Filosofia e Ciências Humanas e Centro de Ciências da Saúde/UFRJ e Espaço Ciência Viva), sempre com o objetivo de promover a popularização das neurociências e a conscientização de estudantes da educação básica e público em geral quanto à importância das ciências do cérebro no cotidiano. Foram partes integrantes, os seguintes eventos: (1) a 1a. Olimpíada de Neurociências do Rio de Janeiro, destinada a alunos do ensino médio; (2) o 2o. Fórum de Difusão e Popularização de Neurociências: “Narrativas, Artes e Neurociências: Possíveis Interlocuções no Ensino”, que contou com a participação de profissionais da educação e pesquisadores das áreas de artes, educação e neurociências; (3) o Laboratório Aberto de Práticas, que nessa edição teve 16 oficinas práticas, que abordaram sob um olhar das neurociências e artes a temática “emoções”; (4) a Visitação aos Laboratórios de Neurociências dos IBCCF, Instituto de Bioquímica Médica e o Instituto de Ciências Biomédicas, do Centro de Ciências da Saúde, UFRJ, contemplando alunos do ensino fundamental e médio de 18 escola do Rio de Janeiro e região metropolitana; (5) as exposições “Arte-Ciência” e “Op Art”, que exploraram diferentes estilos sob um olhar das neurociências. Ao longo desta semana, foram atendidos mais de 1.100 participantes, compostos por alunos de 18 escolas de educação básica (14 publicas) e público em geral. O evento contou com uma equipe de 4 coordenadores e 207 voluntários (alunos do ensino médio, graduação e pós-graduação; docentes da educação básica e superior, e profissionais de diferentes áreas). Concluindo, em sua quarta edição, as instituições participantes mostram que a Semana do Cérebro do Rio de Janeiro é um importante veículo para a divulgação científica de neurociências a partir de espaços de produção de conhecimento (universidade e museus de ciência) a favor do público em geral. Apoio Financeiro: OCC, FAPERJ, DESPERTA, MEC/Sesu, UFRJ.

 REFERÊNCIA PARA CITAÇÃOAranha, G.B., Assis, T.S., Barreto T.M. (2013). IV Semana do Cérebro do Rio de Janeiro: Articulação Entre Espaços Formais e Não Formais de Ensino a Favor da Divulgação Científica [Resumo]. Em: 10º Congresso de Extensão da UFRJ, Anais. (p. 288). Rio de Janeiro.

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